A Polícia Militar tenta encontrar o soldado Uelinton Lopes Rodrigues, condenado em uma ação penal a 46 anos de prisão, pelo homicídio qualificado praticado contra três pessoas, em 2016. Ele era integrante do grupo de extermínio “Mercenários” e foi sentenciado em agosto de 2024, pena que motivou a instauração de um processo administrativo contra ele, na corporação.

Integrante do grupo de extermínio, o soldado Uelinton Lopes Rodrigues foi condenado pelo Tribunal do Júri a 46 anos de reclusão. Ele matou a tiros Edésio Pedro do Nascimento Fonseca e Jhonne Muller Paranhos de Almeida, em Cuiabá, e Alzira do Nascimento Fonseca, em Várzea Grande.

Edésio e Jhonne foram mortos no dia 11 de fevereiro de 2016, quando pilotavam uma moto na Avenida Rubens de Mendonça, em Cuiabá. Edésio, garupa da motocicleta, levou sete tiros, morrendo no local, enquanto Jhonne Muller, que pilotava o veículo, foi atingido por três projéteis. Os dois teriam sido mortos em razão de uma rixa com Ueliton, envolvendo tráfico de entorpecentes.

Dezoito dias após esse duplo homicídio, no dia 29 de fevereiro de 2016, Ueliton, acompanhado de outros suspeitos, matou com oito tiros Alzira do Nascimento Fonseca, no bairro da Manga, em Várzea Grande. Conforme os autos, Alzira “era conhecida como traficante de drogas na região do bairro da Manga, em Várzea Grande”.

Na denúncia, o MP sustentou que os denunciados fazem parte de uma grande organização criminosa existente na cidade de Várzea Grande, “que tem como objetivo ceifar a vida de pessoas com passagem policiais, caracterizadora de ações de grupos de extermínio, além do fato de atuarem ainda mediante o pagamento de recompensa, caracterizadora de crimes mercenários ou pistolagem, com a participação direta destes e de outros componentes em diversos outros crimes de homicídios, tendo cada um dos integrantes função predeterminada, visando a consecução dos delitos.”

A citação por edital é referente a um processo administrativo disciplinar ao qual o soldado responde. De acordo com a portaria, assinada pelo tenente coronel da PM, Rhuyter Rodrigues Setubal, Presidente do Conselho de Disciplina, caso Ueliton Lopes Rodrigues não se manifeste nos próximos 7 dias, ele será julgado a revelia.

“Faz saber aos que o presente edital virem, ou dele conhecimento tiverem, que, no prazo de 07 dias visto não ter sido encontrado, é cientificado a apresentar as suas razões escritas de defesa, no dito prazo, a terminar no dia 24/04/2025, às 18h00min, sob pena de revelia, na sala das sessões deste Conselho de Disciplina, no quartel do 25º Batalhão de Polícia Militar, situado no interior do Centro Universitário de Várzea Grande- UNIVAG”, diz a portaria.