Bióloga Rafaela Screnci teve negada nova tentativa para evitar júri popular pela morte de Mylena Lacerda e Ramon Alcides Viveiros, e atropelamento de Hya Girotto, em 2018, em frente à Valley Pub. Decisão é desta terça-feira (17), da desembargadora Maria Erotides Kneip, que não acolheu recurso especial da defesa. Rafaela chegou a ser absolvida do processo em dezembro de 2022, por decisão do juiz Wladymir Perri, ex-titular da 12ª Vara Criminal de Cuiabá.

Na ocasião, Perri argumentou que Mylena, Ramon e Hya assumiram o risco ao usarem a via pública “violando completamente o princípio da confiança que deve ser observado entre os seus usuários”. Segundo ele, a bióloga errou ao ingerir bebida alcoólica e dirigir, mas não foi o fator “determinante” para o acidente, e sim, a “imprudência” das vítimas por atravessarem fora da faixa.

No entanto, o Ministério Público Estadual entrou com apelação pedindo a anulação da absolvição. Em julho deste ano, por unanimidade, a Segunda Câmara Criminal decidiu por anular a decisão de Perri. Em setembro, a bióloga apresentou recurso na tentativa de derrubar a decisão que mandou ela ser submetida ao júri popular.

O pedido foi rejeitado pelos desembargadores. A defesa da ré tentou mais uma vez a derrubada, com recurso especial. Entre as alegações estavam obscuridade, ambiguidade, contradição e omissão na decisão de segunda intância. A desembargadora Maria Erotides destacou que não foram observadas violações apresentadas pela defesa, rejeitando o pedido.