Segunda-Feira, 21 de Junho de 2021, 14h40
Campanha de combate ao uso do narguilé é aprovada em Mato Grosso
Da Redação
Deputado Barranco (PT), propositor da campanha, diz que sua utilização aumenta as chances de transmissão de doenças graves, como o HPV e a hepatite C
A Assembleia Legislativa de Mato Grosso aprovou na última quarta-feira (16), durante Sessão Ordinária, um Projeto de Lei que propõe uma campanha de combate ao uso do narguilé no estado. A proposta 1042/2019 é do deputado estadual Valdir Barranco (PT) e tem o objetivo de promover uma ação de conscientização contra o HPV, associada ao uso dessa espécie de cachimbo.
De acordo com o texto, o PL pretende criar uma ação para informar a população, em especial os jovens, sobre os riscos do uso do narguilé, dentre eles, o HPV e o câncer de boca e garganta. Pela proposta, a divulgação da campanha deverá ser feita no rádio, televisão e com folhetos e cartazes educativos em unidades de saúde e instituições de ensino.
“Elaboramos este PL com o intuito de sensibilizar e alertar os jovens sobre os malefícios do consumo do narguilé, que mesmo sendo de maneira esporádica, é bastante prejudicial à saúde, pois o usuário não traga apenas a nicotina; há outras substâncias tóxicas que também são ingeridas devido à queima do carvão, elementos como hidrocarbonetos, nitrosaminas e metais pesados são elevadamente cancerígenos”, explicou o deputado.
De acordo com o deputado, o consumo exacerbado pelos jovens tem aumentado durante os anos, tornando uma moda nas “festinhas” promovidas por eles e em roda de amigos, o que acaba incentivando a iniciação precoce ao tabagismo. Além de a piteira do narguilé ser sempre compartilhada entre as pessoas, aumentando as chances de transmissão de doenças graves, como o HPV e a hepatite C. “É necessário promover campanhas, e dar publicidade aos riscos do narguilé,” justificou Barranco.
“Diante desse quadro é que se faz necessário promover campanhas de orientação e conscientização em todo estado, divulgando os malefícios ocasionados pelo uso do narguilé e a falsa ideia da sua nocividade. E a situação fica ainda mais grave, pois além da transmissão dessas doenças, estamos vivendo um dos momentos mais graves da história, que é a pandemia de Covid-19, e muitas pessoas seguem compartilhando o narguilé. O Brasil já alcançou a terrível marca de 500 mil mortes e a exposição condicionada através do uso do narguilé tem de ser informada”, disse o parlamentar.
O Projeto de Lei está aguardando apenas a sanção do Governo para entrar em vigor, mas o Poder Executivo terá o prazo de 60 dias para regulamentar com as partes envolvidas.
Perigos
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma sessão de narguilé com duração de 20 a 80 minutos, corresponde a fumar 100 cigarros. Estudos associam o uso de narguilé ao desenvolvimento de câncer de pulmão, doenças respiratórias, doença da gengiva (periodontal) e bebês com baixo peso ao nascer (para gestantes que fumam), além de aumentar os batimentos cardíacos e a concentração de monóxido de carbono expirado.
Um dos casos mais recentes foi o da jovem Lívia Monteiro, de 19 anos, de Cuiabá, que teve parte do pulmão retirado em uma cirurgia de lobectomia - remoção do lobo inteiro do pulmão - por causa de fungos contraídos durante o uso de narguilé. Além de passar por transfusão de sangue devido à grande quantidade de sangue perdido durante o procedimento.
Segundo a jovem, ela faz o uso de narguilé desde os 16 anos, no entanto, não era frequente. “Muitas vezes estava no ambiente com narguilé, mas não fazia o uso, por que me dava dor de cabeça e enjoo. Era uma vez por mês, ou um pouco mais”, explicou.
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