Um casal de Cuiabá entrou na justiça contra a Sabin Medicina Diagnóstica, que comprou o laboratório Carlos, por um erro num teste de paternidade. O homem e a mulher queixam-se de que o exame de “tipagem sanguínea”, realizado logo após o nascimento da criança, teve um resultado “incompatível com os tipos sanguíneos dos pais”.

O processo começou a tramitar no TJMT neste ano de 2022 e relata que um casal foi vítima de um erro de diagnóstico da rede de laboratórios Sabin. A mulher pede em sede de tutela de urgência, uma espécie de “liminar”, o pagamento de tratamento psicológico por parte da organização.

“Narram que após três meses do resultado do exame de sangue, fizeram um exame de DNA que confirmou a paternidade e maternidade da criança, e resolveram repetir o exame tipologia sanguínea, ocasião que ficou constatado que houve erro de diagnósticos, já que no último resultado ficou comprovado que os autores possuem o mesmo tipo sanguíneo, ou seja, houve falha na prestação de serviço pelo requerido”, diz trecho do processo.

O caso está sob análise da juíza da 10ª Vara Cível de Cuiabá, Sinii Savana Bosse Saboia Ribeiro. Em decisão publicada nesta quinta-feira (27), ela negou o pedido liminar pelo tratamento psicológico.

A magistrada disse que só após a produção de provas nos autos é que se poderá verificar o direito à indenização. “Verifica-se não ser possível o atendimento de tais pedidos nesta fase de cognição sumária, diante da necessidade de dilação probatória, sobre a falha na prestação dos serviços pela parte requerida, e os danos causados à autora", explicou a magistrada.

O processo continua tramitando no Poder Judiciário Estadual, que ainda irá analisar o mérito do caso. A rede de laboratórios Sabin é uma das maiores do Brasil, e possui 323 unidades espalhadas em 13 estados.