Cidades

Quarta-Feira, 23 de Julho de 2025, 16h21

CASO RENATO NERY

Casal de empresários e PMs viram réus pela morte de advogado em MT

Denúncia foi recebida pelo juiz Francisco Ney Gaíva

Da Redação

 

O juiz da 14ª Vara Criminal de Cuiabá, Francisco Ney Gaiva, acolheu o pedido feito pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) para que o casal de agricultores Julinere Goulart Bentos e Cesar Jorge Sechi seja incluído como réu na ação penal que tramita na Justiça referente ao assassinato do advogado Renato Gomes Nery. A decisão é da segunda-feira (21), e o magistrado também deferiu o pedido de retificação de trechos da acusação inicial. 

Com a decisão, tornam-se réus e passam a responder por homicídio qualificado, por motivo torpe, uso de meio que resultou em perigo comum e recurso que dificultou a defesa da vítima, com agravante por a vítima ser idosa, além de associação a organização criminosa. Conforme a denúncia apresentada pelos promotores que integram o Núcleo de Defesa da Vida da Comarca de Cuiabá, Julinere e Cesar atuaram como mandantes do crime: ela, como autora intelectual e coordenadora do assassinato; e ele, como autor intelectual e responsável pela coordenação financeira do homicídio. 

O advogado Renato Gomes Nery, então com 72 anos de idade, foi assassinado a tiros em frente ao seu escritório em 5 de julho de 2024, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá. As investigações revelaram que o homicídio do advogado foi produto da atuação de uma estrutura criminosa organizada, com junção de múltiplos agentes, divisão de tarefas e finalidade específica de obter vantagem mediante a prática de infrações penais graves. 

A organização apresentou clara estruturação em núcleos operacionais distintos: Núcleo de comando: composto pelos mandantes Julinere Goulart Bentos e Cesar Jorge Sechi, vinculados aos interesses econômicos contrariados pela vitória judicial da vítima na disputa fundiária; Núcleo de intermediação: Jackson Pereira Barbosa (intermediário principal), Ícaro Nathan Santos Ferreira (fornecimento de arma e repasse de pagamento) e Heron Teixeira Pena Vieira (coordenador operacional). 

Além disso, também foi identificado o núcleo operacional: Heron Teixeira Pena Vieira (coordenador) e Alex Roberto de Queiroz Silva (executor); e o núcleo de obstrução: responsável especificamente pela ocultação posterior da arma do crime mediante sua inserção em contexto forjado, e por outras ações destinadas a dificultar as investigações. 

O pedido de aditamento foi assinado pelos promotores de Justiça Rinaldo Segundo, Vinicius Gahyva Martins e pela promotora de Justiça Élide Manzini de Campos. Eles também promoveram a retificação do tópico que trata da participação do policial militar Ícaro Nathan Santos Ferreira. 

Comentários (1)

  • cada nome |  23/07/2025 17:05:40

    Com um nome deste "JULINERE" ou mata ou se mata..... Deu até pena da pessoa... Não tinha como dar certo!

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