Cidades

Quarta-Feira, 16 de Julho de 2025, 15h42

VIDA DE CRIMES

Casal de golpistas de MT está preso nos EUA; Justiça tenta audiência

Dupla fez compras de vestuários e não efetuaram pagamentos

DIEGO FREDERICI

Da Redação

 

A juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Alethea Assunção Santos, deu 10 dias para a defesa de um casal de Juína (750 Km da Capital), acusado de golpes no setor de vestuário, viabilize a realização de uma videoconferência dos suspeitos, que estão presos nos Estados Unidos. Segundo uma decisão publicada nesta quarta-feira (16) a juíza considerou que o envio de uma “carta rogatória” à justiça dos EUA - para a realização da audiência do processo respondido na justiça de Mato Grosso pelo casal Elaine Ribeiro Falci e Alexander Falci -, seria excessivamente “burocrática”.

“A defesa dos acusados noticiou nos autos que ambos estão custodiados nos Estados Unidos da América, o que inviabiliza a realização de seus interrogatórios. Outrossim, verifica-se que a expedição de carta rogatória para fins de realização de interrogatório dos réus se revela medida excessivamente burocrática, com tramitação morosa e sem garantia de efetivo cumprimento. Ressalte-se, ainda, a possibilidade de que os acusados já tenham regressado ao Brasil ao tempo em que eventualmente se perfectibilize o cumprimento da diligência”, diz trecho da decisão.

O magistrado também determinou a intimação do Ministério Público do Estado (MPMT) para informar a possibilidade de realização de um acordo de não persecução penal com o casal. Os motivos da prisão realizada nos EUA não foram revelados. De acordo com informações da denúncia, o casal “adquiriu” uma empresa, identificada como Comercial Dardanellos, utilizada nos golpes, e que estava no nome de um “laranja” que disse em depoimento nunca ter aberto a organização. 

“Após obter a empresa, o casal começou a fazer compras de confecções de diversas empresas de outros Estados e não efetuavam o pagamento, pois a conta nunca seria cobrada, visto que a Comercial Dardanellos Ltda estava registrada em nome de laranja, fato que não era de conhecimento dos fornecedores”, diz a denúncia. Conforme o MPMT, ao menos 6 empresas foram vítimas do golpe entre os anos de 2016 e 2017, com prejuízos de R$ 88,3 mil (valores não atualizados). 

Ainda de acordo com o MPMT, os suspeitos “adquiriram” a empresa de outro casal, identificado como Isaques Pedro Rosa e Dalvane Santana, condenados recentemente a 28 anos de prisão. Eles estão por trás de um esquema de lavagem de dinheiro de mais de R$ 30 milhões no setor madeireiro e de transportes, em crimes ocorridos nas regiões de Juína e Aripuanã (956 Km de Cuiabá).

Comentários (1)

  • João Batista  |  16/07/2025 15:03:56

    Que fiquem lá nos Estados Unidos esse casal de vigaristas, aqui no Brasil a pena para o crime de estelionato é suave lá dá cadeia mesmo

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