Cidades

Sexta-Feira, 04 de Fevereiro de 2022, 13h02

TRAGÉDIA DO ALPHAVILLE

Defesa de menor que matou amiga vai ao STF contra internação

Pedido está sob relatoria do Ministro Edson Fachin

DIEGO FREDERICI

Da Redação

 

A defesa da menor de idade condenada a três anos de internação por matar a estudante Isabele Guimarães – morta aos 14 anos com um tiro no rosto à queima roupa, no ano de 2020, num condomínio de luxo em Cuiabá -, ingressou com um pedido de liberdade no Supremo Tribunal Federal (STF).

O pedido tenta reverter a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que em dezembro de 2021 manteve a detenção da jovem infratora no Complexo do Pomeri, na capital. A pena foi imposta pelo Poder Judiciário de Mato Grosso no início do ano passado, que determinou sua reclusão na unidade socioeducativa para menores de idade.

O pedido de revogação da internação foi ingressado no último dia 1º de fevereiro e está sob relatoria do ministro Edson Fachin. Na última quinta-feira (3), ele encaminhou os autos à Procuradoria-Geral da República (PGR) para emissão de parecer.

A PGR pode levar em conta a avaliação da equipe multidisciplinar do Complexo do Pomeri que realizou recentemente uma avaliação da menor infratora, concluindo pela soltura da jovem. A cada 6 meses a atiradora é submetida a uma avaliação psicológica que pode sugerir sua saída da detenção.

O CASO

Isabele Guimarães Rosa tinha apenas 14 anos quando foi assassinada em julho de 2020 num condomínio de luxo, em Cuiabá. Ela foi vítima de um tiro na cabeça, disparado à queima roupa pela própria amiga, também adolescente.

Os pais da infratora - Marcelo Martins Cestari e Gaby Soares de Oliveira Cestari -, foram denunciados pelo Ministério Público do Estado (MPMT) por homicídio culposo (sem intenção de matar), posse ilegal de arma de fogo, entrega de arma de fogo a menor de idade, fraude processual e corrupção de menores.

A adolescente utilizou uma pistola calibre .380 que estava em posse do ex-namorado para assassinar a amiga, em sua própria casa, no banheiro da residência, sem possibilidade de defesa. Atualmente, ela cumpre pena no complexo do Pomeri, na Capital, onde deverá permanecer os próximos 2 anos se não conseguir reverter sua condenação.

Marcelo Cestari, que é empresário e "entusiasta" da prática de tiros, já gastou R$ 45 mil para adquirir cinco armas de fogo importadas dos Estados Unidos. Ele e a esposa dificultaram a ação policial no inquérito, alterando, inclusive, a cena do ato infracional.

 

Comentários (6)

  • Joseh pau na zorba |  05/02/2022 07:07:39

    Deve ser sido você né Joseh? Seu verme!

  • Joseh sabe tudo |  05/02/2022 07:07:29

    Joseh, já encaminhei o print dessa sua mensagem para a civil, estou sugerindo que rastreiem seu IP e chamem você para depôr, já que está colocando em dúvida o profissionalismo dos peritos e investigadores, além de colocar em dúvida a autoria do crime. Interessante você depôr porque vai que você saiba quem foi o assassino!

  • Dona Porfiria - aposentada |  04/02/2022 19:07:46

    Ainda que o STF mantenha a prisão dessa moça, o tempo que ela ficará presa ainda será curto demais. Crimes assim deveriam ser penalizados com prisões perpétuas, como ocorre em outros países.

  • Joseh |  04/02/2022 15:03:42

    Horrível a foto de capa da menor, mesmo sendo a assassina, que pode não ser ela. Só quem estava lá sabe quem foi.

  • Marcia  |  04/02/2022 14:02:40

    De novo ? Não quer nem pagar a pena imputada a ela ? Vc matou um pessoa . Isso é mínimo que vc deveria cumprir caladinha.

  • aquiles |  04/02/2022 14:02:05

    o STF, não pode baixar a guarda para este tipo de pedido, assassinou a própria amiga a queima roupa, sem chance de defender, os pais e o namoro mudaram a cena do crime e continua soltos, isso é uma barbarie, a justiça tem que ser feita a ISABELE não volta mais fica a dor de uma mãe que não tem cura. se fosse em outro pais no mínimo prisão perpétua.

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