Sábado, 08 de Junho de 2024, 16h50
APÓS MORTE
Dermatologista explica o que é peeling de fenol e os riscos
GAZETA DIGITAL
Caso do empresário Henrique Silva Chagas, morto na segunda-feira (3) após ser submetido ao peeling de fenol em uma clínica de São Paulo, reacendeu um alerta sobre procedimentos invasivos, mas também levantou dúvidas de muitas pessoas que nem mesmo sabiam da existência do procedimento.
Uma das suspeitas investigadas pela polícia é a de que Henrique tenha sofrido reação alérgica ao tratamento. De acordo com o companheiro do paciente, a esteticista e influencer Natalia Becker, dona da clínica em que o procedimento foi realizado, não pediu nenhum exame médico anterior para saber se o paciente era alérgico a algum medicamento e estava apto a se submeter ao peeling.
Ao , a médica dermatologista Alynne Correa Fernandes explica que o peeling de fenol é um procedimento realizado há várias décadas e que deve ser feito somente por médicos habilitados. “O fenol é um ácido que após aplicado induz uma intensa reação inflamatória e atinge camadas mais profundas da nossa pele. Por atingir camadas profundas promove a ‘troca’ de pele envelhecida, com rugas e cicatrizes, por uma pele mais rejuvenescida”, esclarece.
Contudo, como qualquer outro procedimento, o peeling não é isento de riscos. A especialista explica que por utilizar um agente químico potente, o processo pode causar alterações renais, hepáticas e até cardíacas, como arritmias.
“Por isso o paciente precisa estar em ambiente adequado para a realização e ser monitorado. Além disso, o médico irá avaliar previamente seu histórico e a condição clínica para definir se este procedimento é adequado para ele”, alerta.
Alynne também pontua que se o procedimento optado for o peeling de fenol, o paciente será submetido a exames laboratoriais e eletrocardiograma, com um preparo prévio da pele para evitar hiperpigmentação, ou seja, o escurecimento, ou mesmo a hipopigmentação, no caso, o clareamento, além dos cuidados contra infecções que podem ocorrer.
Os cuidados pós-procedimento exigem bastante do paciente e são essenciais para diminuir efeitos colaterais e auxiliar na cicatrização. A completa cicatrização da pele pode demorar meses.
“Atualmente, existe o peeling de fenol com porcentagens menores, o famoso fenol light, que não irá atingir camadas tão profundas e que quando realizado em áreas menores, como pálpebras, não traz todo esse risco ao paciente”, pontua.
A dermatologista também adverte que o paciente jamais deve se submeter a um procedimento estético, principalmente invasivo como este, feito por um profissional não qualificado. “É necessário conhecimento técnico adequado e domínio das possíveis complicações. Sua saúde e segurança devem ser sempre prioridade, muito antes da estética e beleza”, complementa.
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