Quarta-Feira, 13 de Março de 2024, 10h50
CASO ZAMPIERI
Fazendeiro alega que PIX a coronel bancou bolsonaristas e revela vitória por fazenda no TJ-MT
Aníbal detalha que mandou esposa repasar R$ 2 mil
LEONARDO HEITOR
Da Redação
Preso na última segunda-feira (11) e solto após apenas cinco horas detido, na audiência de custódia, o empresário e médico veterinário Aníbal Manoel Laurindo, apontado como um dos mandantes do assassinato do advogado Roberto Zampieri, de 56 anos, alegou que a única ligação com suspeitos de terem cometido o crime foi o repasse de R$ 2 mil. De acordo com a defesa, comanda pelo advogado Wander Bernardes, o dinheiro seria utilizado para custear atos promovidos por bolsonaristas e foi encaminhado ao coronel do Exército, Etevaldo Luiz Caçadini.
Aníbal Manoel Laurindo foi apontado pelos investigadores como sendo um dos mandantes do assassinato do advogado Roberto Zampieri, em dezembro de 2023, no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. Ele foi preso na manhã de segunda-feira, ao se apresentar na sede da Delegacia Especializada em Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), de Cuiabá, para o cumprimento de uma prisão temporária de 30 dias.
Além dele, sua esposa, Elenice Ballarotti Laurindo, e seu irmão José Vanderlei Laurindo também são suspeitos de terem mandado matar o jurista após uma disputa de terra, na qual perderam uma fazenda, no valor de R$ 6 milhões, em Paranatinga (376 km de Cuiabá). A defesa de Aníbal apontou uma série de elementos que afastam a tese de que o empresário seria suspeito de cometer o crime.
No pedido, a defesa apontava que a prisão temporária seria uma medida extrema, sendo possível a aplicação de medidas cautelares. Entre os pontos detalhados, está ainda que os investigados não atrapalharam a investigação, não dificultaram a colheita de provas e muito menos causaram embaraço à conveniência da instrução criminal.
Os suspeitos também não mantiveram contato com os envolvidos, não coagiram nenhuma testemunha e tão pouco destruíram algum documento que, em tese, poderia incriminá-los. A defesa de Aníbal Manoel Laurindo destacou também que o suspeito se mudou para Mato Grosso em 1984, para gerir uma fazendo no Município de Poxoréo.
Além disso, ele montou uma franquia de aluguel de veículos em Rondonópolis e atuou na Associação Comercial da cidade por aproximadamente 15 anos, tendo ainda presidido o Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano de Rondonópolis na gestão do prefeito Adilton Sachetti. O requerimento ressalta ainda que Aníbal Manoel Laurindo é idoso, tendo mais de 70 anos e é possuidor de patologias que demandam tratamento médico especializado, conforme consta em laudos, exames e prontuários de internação juntados, e que dificilmente ele terá acesso em qualquer estabelecimento prisional existente em Mato Grosso.
Os advogados também destacaram a falta de provas para incriminá-lo, tendo em vista que o único valor transferido para um dos envolvidos, seria R$ 2 mil, em 8 de setembro de 2023, dinheiro que foi repassado ao coronel do Exército Etevaldo Luiz Caçadini. A defesa destacou que Aníbal Manoel Laurindo e o suspeito integravam um grupo no WhatsApp de apoiadores do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro.
“O grupo além de debates e opiniões políticas entre os integrantes, também organiza atos e passeatas democráticas e pacíficas em favor da democracia e liberdade de expressão, em especial de apoio ao ex-mandatário da República. Nesta linha, em convivência diária através do citado grupo de mensagens, possuindo o mesmo viés ideológico-político, o Sr. Anibal e o Coronel Caçadini estreitaram um laço de aproximação”, apontou a defesa. Aníbal Manoel Laurindo destacou que, além das ideias e do posicionamento político com o grupo, ele também oferecia pequenas contribuições para custear os atos e as passeatas, tendo solicitado que sua esposa fizesse a transferência para o militar.
PROMESSA
Foi juntado ainda uma mensagem enviada pelo aplicativo, onde ele explica que o dinheiro repassado era relativo a uma promessa feita ao oficial do Exército. “Portanto, com a finalidade de diluir qualquer tese de que há suspeita de pagamento por partes dos investigados para que o Coronel Caçadini, em tese, supostamente, tenha em concurso de pessoas praticado o crime de homicídio, desde já demonstramos o compromisso com a verdade e o intuito de colaborar com as investigações. Nunca é demais enfatizar, nos postulados anteriores encartamos extratos bancários do Sr. Aníbal, da Sra. Elenice e do Sr. José Vanderlei e comprovamos que não houve qualquer transferência de ativo financeiro – com exceção dos R$ 2.000,00 – para qualquer um dos réus na ação penal”, diz a defesa.
Por fim, a defesa de Aníbal Manoel Laurindo aponta que a tese de disputa por terra seria incabível, tendo em vista que na ação que possui e que tinha Roberto Zampieri como advogado da parte contrária, o empresário teria obtido sucesso. Foi destacado ainda que, caso o jurista fosse morto, os processos continuariam, o que faz com que a suspeita contra ele não tenha sentido algum.
“Certamente não há nos autos, nem mesmo uma pincelada de indícios que comprovam o envolvimento dos investigados na trama que culminou no ardil homicídio que restou como vítima o Dr. Roberto. É imperioso destacar que, os investigados, em especial o Sr. Aníbal e a Sra. Elenice, não experimentaram nenhum prejuízo nos aludidos processos, pois lograram êxito no deferimento do pedido de liminar no recurso de agravo de instrumento e continua na posse de seu bem. Nesta linha, não há o mínimo de motivos para acreditar que pessoas honestas, que contribuíram com o Estado e com a sociedade durante anos possam ter arquitetado um plano macabro para o cometimento do crime investigado nos autos do presente inquérito”, completa o pedido.
Foram indiciados pela Polícia Civil e estão presos o executor do assassinato, o pedreiro Antônio Gomes da Silva, de 57 anos, o intermediário Hedilerson Barbosa, de 53 anos, que é instrutor de tiros e o coronel do Exército Brasileiro, Etevaldo Luiz Caçadini, de 68 anos, apontado como financiador do crime. Todos são moradores de cidades em Minas Gerais, foram denunciados pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) e viraram réus numa ação penal que tramita sob sigilo na 12ª Vara Criminal de Cuiabá, sob o juiz Wladymir Perri.
Inicialmente, a empresária e farmacêutica, Maria Angélica Caixeta Gontijo, de 40 anos, chegou a ser presa e apontada como a suposta mandante do homicídio. No entanto, as investigações não confirmaram a participação dela no crime, tanto que ela sequer foi indiciada no primeiro inquérito instaurado pela DHPP.
João | 14/03/2024 19:07:30
Cadeia pra bolsonaristas golpistas Xandão. ANISTIA NÃO. Essa veiharada bolsonarista múmias sarcofágicas lambe botas de milico e milicianos precisam fazer a passagem. Seres malévolos. Ajudaram o genocyda a matar 700mil brasileiros na pandemia.
Elias | 14/03/2024 14:02:32
Mas ao gente de bem nesse rolo... Que se matem todos.
Paulo Minozo | 14/03/2024 10:10:56
E a jumentaiada elleitora do nove D3dos d3scond3nado vai à louuuuucurrraaaa ......kkkkkkkkkkkkk.
Felix moção | 13/03/2024 18:06:33
Usar o nome d Deus para esconder crimes tá virando moda cuidado cristãos
Mark Pereira | 13/03/2024 18:06:19
Deus, Pátria, familia, nem todo bolsonarista é bandido, mas todo bandido é bolsonarista
Douglas | 13/03/2024 16:04:39
Isso está mais parecendo enredo de novela do que a elucidação de um crime. Sinceramente, contratar um pedreiro que ainda estava na fase de treinamento de tiro e do dia para noite ele resolve virar pistoleiro. Algo nessa investigação não anda bem.
Ava Pocone | 13/03/2024 14:02:51
A incompetência das polÃcias civis no Brasil, salvo raras exceções, é constrangedora.
Isaias Miranda - jesus meu tesouro ! | 13/03/2024 14:02:40
Abissúrdo achincalhar o nome de um coronel de bem assim. Deus é fiel!
Zé Loko | 13/03/2024 14:02:14
Financiar atos golpistas também é crime e ele confessou. Além do mais, a extrema direita, a qual ele pertence, apóia tortura, então era só .... que ele confessava.
MARIA AUXILIADORA | 13/03/2024 13:01:49
Mais um cidadão de bem, defensor da famÃlia e dos valores cristãos, exceto quando ninguém está olhando. A pena por financiar e/ou participar dos atos golpistas é no máximo de 17 anos; homicÃdio qualificado pela emboscada e pelo motivo torpe, a pena de 12 a 30 anos. E sendo a vÃtima um advogado, colega, vai pegar muitos ano, pois a OAB vai entrar como assistente do MP e vai infernizar os advogados de defesa.
FABIO COSTA | 13/03/2024 13:01:47
Eu sabia q tinha homens de bem envolvido nisso, Deus patria familia
Enelson | 13/03/2024 13:01:21
Kkkk, que estratégia, assumiu um crime que em média estão sendo condenados a 18 anos, e ainda pode não se livrar da acusação de homicÃdio, mais 12 anos, era melhora assumir só o homicÃdio
Gilberto | 13/03/2024 13:01:10
E a imprensa nojenta bancou o roubo de bilhões aos cofres públicos oelo nove dedos...
Gilberto | 13/03/2024 13:01:07
Duvido colocarem isso ai
Antonio | 13/03/2024 11:11:29
Na ânsia de encontrar culpados, vai-se destruindo vidas e reputações!
Jamil | 13/03/2024 11:11:13
Vôte, parece que puliça tá mais perdido que cégo em tiroteio. Esse caso tá parecendo o de Mariele, quando chega no verdadeiro mandante fica calados sem exposição do verdadeiro culpado!
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