Domingo, 22 de Dezembro de 2024, 12h43
NA SUÈCIA
Físico cuiabano estuda amostras de ar do Pantanal
GAZETA DIGITAL
Lucas Cardoso Ramos, 26, é pesquisador e vive em Lund, na Suécia, desde novembro deste ano. A ida para o exterior foi motivada pela tecnologia presente em um laboratório que permite estudar de forma detalhada as partículas presentes na atmosfera, que fazem parte do estudo de doutorado do jovem. O físico ambiental saiu de Mato Grosso sem conhecer a língua sueca e conta como foi sua adaptação no local com os principais desafios.
O desejo em realizar parte de seu doutorado na Suécia veio, primeiramente, por saber da tecnologia existente na Lund University. Além disso, o país dispõe de uma boa qualidade de vida, o que também pesou em sua decisão. “Aqui existe um laboratório bem importante, ele se chama SoftiMAX. No Brasil a gente não tem uma técnica específica para analisar as partículas da atmosfera e aqui nesse laboratório tem” explicou ele.
No país europeu, ele estuda amostras do ar que foram coletadas no Pantanal, em Poconé (104 km ao Sul) durante as queimadas deste ano. O estudo em desenvolvimento ajuda a entender a composição e as mudanças do ar. Ramos explicou que as partículas presentes na atmosfera podem influenciar e interagir com a radiação solar e também com a qualidade de vida da população, mas que isso ainda não é totalmente compreendido pela ciência.
Realizar os estudos dos aerossóis, como o pesquisador desenvolve, soma um passo no desenvolvimento e compreensão da área científica.
Ramos está no país há pouco tempo e relatou que um dos maiores desafios foi ter se mudado sem falar o idioma do local, o sueco. Ele explica ao que se comunica em inglês com seu orientador e com as demais pessoas da Universidade, assim como com os moradores da região.
Apesar de dominar o inglês e isso facilitar a comunicação interpessoal, comprar itens básicos continua sendo um desafio. Os rótulos dos produtos são elaborados em sueco e, para serem entendidos, o estudante recorre ao tradutor.
Apesar da tecnologia e da qualidade de vida existentes no novo país, Lucas Ramos explica que tem o desejo de retornar para Cuiabá e que não vê Lund como uma possibilidade de criar raízes. Em um futuro, após concluir a etapa de sua pesquisa, ele vai retornar para Mato Grosso.
“Eu vou voltar para Cuiabá para continuar com os estudos também, principalmente sobre a região do Pantanal. A gente também está com outro projeto buscando estudar mais a área urbana de Cuiabá e desenvolver sensores de qualidade do ar e espalhar pela capital mato-grossense. Além disso, eu vou dar continuidade também nesses projetos e coletar mais amostra para desenvolver a pesquisa”, explica ele.
Por fim, ele destacou a importância de ser um representante da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) em outro país. “Vir para cá acaba trazendo mais visibilidade para a UFMT e Cuiabá. A ideia é que não termine aqui. Isso é uma etapa, para que eu consiga criar conexões e também internacionalizar ainda mais a universidade”, finalizou o pesquisador.
Bombeiros realiza entrega de espadins Dom Pedro II a cadetes
Sábado, 31.05.2025 20h08
Cuiabá entrega mil cobertores e marmitas em três dias
Sábado, 31.05.2025 17h53
"Blitz" sobre saúde mental é realizada no centro de Cuiabá
Sábado, 31.05.2025 17h51
MT tem uma das maiores coleções de insetos da América Latina
Sábado, 31.05.2025 16h16
Cineasta flagra onça caçando capivara em rio no Pantanal
Sábado, 31.05.2025 15h40