Em um prazo de 45 dias, o governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), inicia a reconstrução da escola Marechal Cândido Rondon, no distrito de Coqueiral, zona rural do município de Nobres (125 km de Cuiabá). 

Apesar de assegurar a obra à comunidade local, o governador Pedro Taques alertou que vai acionar os responsáveis pela construção. O prédio foi inaugurado em 2011 e está interditado por problemas estruturais. “O que aconteceu aqui foi um crime”, reforçou o chefe do Executivo. 

Na manhã desta sexta-feira (24.04), o governador, o secretário de Educação, Permínio Pinto, e técnicos da Seduc estiveram na escola e se reuniram com a direção, professores e autoridades políticas do município. 

Um ano e meio após a inauguração, a unidade acabou sendo interditada. A situação está sendo analisada pela Procuradoria Geral do Estado (PGE). Para manter o atendimento a 303 alunos do distrito de Coqueiral e circunvizinhos, o Estado desembolsa por mês R$ 33.380,00 referentes ao aluguel de 10 salas de aulas móveis. 

A diretora Helen Marlei Rodrigues da Silva acrescentou que deposita confiança na atual gestão para resolver os problemas na escola. Conforme ela, vários documentos foram protocolados, à época, alertando sobre a situação desde que as falhas começaram a surgir. 

“Eu vou atrás de quem construiu esta escola, roubar dinheiro da educação é roubar o futuro de uma geração de mato-grossense. Em 45 dias vamos lançar a obra, mas não vamos deixar de lado a cobrança sobre os responsáveis”, afirmou o governador para um grupo de professores. 

O engenheiro da Seduc, Fábio Frigeri, informou que o problema na estrutura foi ocasionado por não suportar o peso da cobertura. Por isso, as telhas de barro terão que ser substituídas por termo acústicas e também será trocada a estrutura de madeira por metálica. Rachaduras nas paredes são evidentes em várias áreas. 

Com isso, será refeita toda a instalação elétrica e reforço em algumas paredes. O orçamento da obra deve ser concluído em 15 dias, depois da conclusão do projeto de execução. 

Professores também reivindicaram o funcionamento a internet, já que o sinal na escola é falho, além de novos computadores. A última vez que a escola recebeu equipamentos foi em 2006, portanto, não atendendo mais às necessidades da comunidade. 

Permínio se comprometeu em atender a demanda dos equipamentos eletrônicos, além de restabelecer o sinal da internet.