Domingo, 03 de Agosto de 2025, 10h55
APITO FINAL
Juiz mantém prisão de faccionado que girou R$ 280 mil com tesoureiro do CV
DIEGO FREDERICI
Da Redação
A juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Alethea Assunção Santos, manteve a prisão de Marllon da Silva Mesquita, um dos alvos da Operação Apito Final, e suspeito de fazer parte da facção criminosa “Comando Vermelho”. A decisão foi publicada no dia 29 de julho. Em seu pedido de liberdade, Marllon alega que não representa um “perigo à sociedade” para permanecer preso.
“A defesa sustenta ser necessária a revogação da prisão preventiva, ressaltando que não se encontram demonstrados o perigo da liberdade, sendo medida de rigor a soltura do réu”, diz a defesa do faccionado.
Os argumentos não foram acatados pela juíza da 7ª Vara Criminal, que apontou que o suspeito teria auxiliado na lavagem de dinheiro do Comando Vermelho, além de ser ligado a Paulo Witer, o WT, apontado como tesoureiro-geral da facção em Mato Grosso.
“Imputa-se ao réu a conduta de integrar organização criminosa denominada ‘Comando Vermelho’, bem como de atuar na lavagem de capitais para um dos líderes do referido grupo criminoso, o réu Paulo Witer. Recaem, ademais, em desfavor do requerente, indícios de que teria movimentado a quantia de R$ 279.775,65, em tese, de origem ilícita, que, inclusive, seria incompatível com sua renda à época dos fatos, bem como teria, supostamente, realizado diversos depósitos, em nome de empresas, em favor da organização criminosa”, lembrou a magistrada.
Segundo as investigações, WT - que além de tesoureiro-geral do CV em Mato Grosso seria homem de confiança de Sandro Louco -, usava o time de futebol amador "Amigos do WT" como forma de lavar dinheiro do crime organizado. Ele foi preso em Maceió (AL) com o jogador Alex Junior Santos Alencar, onde acompanhava um campeonato, no início de 2024.
A operação cumpriu 25 mandados de prisão e 29 de busca e apreensão, além da indisponibilidade de 33 imóveis, sequestro de 45 veículos e bloqueio de 25 contas bancárias ligadas a um esquema de R$ 65 milhões.
A Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Judiciária Civil (PJC), revela que Paulo Witer “usava” diversas pessoas - incluindo amigos, familiares e advogados atuando como “laranjas”' -, para adquirir imóveis, comprar e vender veículos, e também atuar na locação de carros.
Conforme as investigações, mesmo sem ter renda lícita, os investigados compraram duas BMW X5, um Volvo CX 60, uma Toyota Hilux, duas VW Amarok, um Jeep Commander, um Mitsubishi Eclipse e um Pajero, além de diversos Toyota Corolla.
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