Quinta-Feira, 01 de Julho de 2021, 18h55
OPERAÇÃO MAHYAS
Justiça manda soltar 18 membros de quadrilha de roubo de gado em MT
Grupo está preso desde agosto de 2020 e ainda não há data para início da instrução processual
WELINGTON SABINO
Da Redação
A juíza Ana Cristina da Silva Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, revogou a prisão de 18 réus numa ação penal que estavam presos há quase um ano, em decorrência da Operação Operação Mahyas, que desarticulou uma organização criminosa acusada de dezenas de roubos e furtos de gado em Cuiabá e outros municípios da região. No total, são 24 pessoas processadas pelos crimes de roubo, furto, organização criminosa e falsificação de documentos em decorrência da operação deflagrada pela Polícia Civil por meio da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), de Cuiabá, no dia 20 de agosto de 2020.
A preventiva foi substituída por cautelares diversas da prisão que incluem o uso de tornozeleira eletrônica em todos eles, obrigação de manter a tornozeleira eletrônica sempre em perfeito funcionamento, proibição de afastar-se da Comarca de Cuiabá por mais de 10 dias consecutivos; proibição dos acusados de comunicar-se entre si por qualquer meio, proibição de mudar de endereço sem comunicar a 7ª Vara Criminal e comparecer a todos os atos do processo para o qual forem intimados.
Conforme Ana Cristina, não há constrangimento ilegal se o excesso de prazo para o encerramento do processo é justificado pela existência de incidentes processuais não imputáveis ao juiz, ou diligências demoradas, como oitiva de várias testemunhas, ou seja, quando a ação penal se desenvolve dentro da razoável normalidade.
“No caso concreto, contudo, o recuo do trâmite do processo representa uma alteração irregular da marcha, ocasionando o alongamento das prisões preventivas dos acusados por prazo muito maior do que se pode admitir sob o aspecto do princípio da razoabilidade, pois não há previsão para o início da instrução processual. É certo, portanto, que a revogação das prisões preventivas é medida que se impõe em razão da juntada tardia de novas provas que deveriam ter acompanhado a inicial acusatória”.
“Considerando que a maioria dos acusados se encontra preso há mais de 10 (dez) meses sem previsão de início da instrução processual, revogo prisão preventiva dos acusados Levinaldo Fernandes de Oliveira, Pablo de Oliveira, Ronaldo Santana, José Severino Barbosa, Deivid Richard Cunha Santos, Rafael da Silva Schmit, Ivan Griliaud Souza, André Luiz de Paula, Paulo Vilela Siqueira Meira, Lorran Burin Dantas de Figueiredo, Fábio de Almeida Brito, Luan Adriano de Oliveira, Eder de Souza Carvalho, Edson Joel de Almeida Meira, João Ferreira Barroso Filho, Renys Jesus Melo Fernandes, Roque Alves de Souza arinho e erivaldo lima da silva”, despachou a magistrada
Por outro lado, ela manteve a prisão contra os réus Jeikson Almeida de Souza e Michel Douglas Pereira, “considerando que demonstram estar se furtando da aplicação da lei penal, pois não foram sequer encontrados para fins de citação”. A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público Estadual (MPE) em 8 de setembro de 2020 e recebida pela juíza Ana Cristina o dia 23 daquele mesmo mês.
O réu Ronaldo Santana, que já amargava derrotas em dois habeas corpus impetrados anteriormente no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) e no Superior Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), voltou a impetrar novo HC no dia 29 de junho. No dia seguinte, o desembargador Juvenal Pereira da Silva negou o pedido de liminar no HC protocolado junto à 3ª Câmara Criminal do TJ. Contudo, ele levou sorte porque no mesmo dia a juíza, cujos atos eram contestados por ele que alegava “constrangimento ilegal”, revogou a prisão dele. Dessa forma, o habeas corpus deverá perder o objeto.
Anteriormente a isso, as defesas de Ronaldo e Ivan Grilliaud Souza pediram o desmembramento da ação penal em relação a eles. Alegavam que já tinham apresentado resposta à acusação e ultrapassados mais de 5 meses e ainda não havia previsão para a designação da audiência de instrução criminal, pugnando pelo desmembramento do processo. Ana Cristina da Silva Mendes negou esse pedido no dia 28 de abril.
À ocasião, ela observou que a ação penal estava tramitando dentro da sua normalidade e apesar do grande número de acusados (24 no total), estava na iminência de designar audiência de Instrução, uma vez que quase todos os acusados já tinham apresentado as respostas à acusação. “Assim, em que pese os argumentos lançados pelas defesas, não se verifica no caso, qualquer hipótese que esteja afetando a celeridade processual, não havendo, desse modo, nenhum prejuízo aos acusados”, despachou Ana Cristina em 28 de abril.
A OPERAÇÃO
A operação Mahyas foi deflagrada pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), de Cuiabá, no dia 20 de agosto de 2020. Os alvos das investigações estariam envolvidos em crimes de roubos, furtos e receptação de gado em propriedades rurais da região metropolitana da Capital e no interior do Estado. Na ação policial foram cumpridos 24 mandados de prisão preventiva, 19 de busca e apreensão, 7 sequestros de veículos e 3 suspensões de atividades comerciais em açougues que vendem carnes de animais provenientes de abatedouros clandestinos.
Os mandados foram cumpridos em Cuiabá, Várzea Grande, Nossa Senhora do Livramento, Acorizal, Jangada, Barra do Bugres e Nova Mutum. As investigações da PJC apontaram um prejuízo mínimo de R$ 3 milhões às vítimas. Um dos supostos líderes do bando, Edson Joel de Almeida Meira, o "Edinho Meira", é pai do prefeito de Jangada (80 km de Cuiabá), Rogério Meira (PP). O chefe do Poder Executivo Municipal também possui um tio preso na operação - Paulo Vilela Meira, conhecido como “Nho”.
Gil | 02/07/2021 09:09:46
Direito dos manos agindo
Moraes | 02/07/2021 08:08:50
Só no Brasil que o primeiro colocado nas pesquisas ibope data folha não pode sair nas ruas com medo de ser linchado pelo povo que opinou, adoro um estuprador engatado no meu caneco tenho orgasmos anal múltiplos
paj | 02/07/2021 08:08:12
E PESSOAL , OU OS BRASILEIROS DE BEM TOMAM VERGONHA NA CARA E COMEÇA A MUDAR ESSA PORRA NA MARRA PARTI PRA CIMA OU JAJA NOS ESTAMOS PRESOS E OS BANDIDOS SOLTOS . E TEM GENTE PEDINDO VOLTA LULA .
Contribuinte | 02/07/2021 08:08:09
Parabéns dona justiça, a sra cada dia mais prova que está mais coerente, pois solta tanto bandido graúdo (vide Silval, Eder, Riva, Lulla) como também estes bandidinhos de merd@.
Jose Carlos | 02/07/2021 07:07:42
Brasil o paÃs da impunidade. Demora em julgar o processo? Se tem algum responsável é o próprio judiciário pela demora. RidÃculo. É o mesmo que jogar com carta marcada. Lamentável.
pedro paulo | 02/07/2021 07:07:17
10 dias sem se afastar da Baixada Cuiabana? pra quê ? se 100 % dos roubos de gados que eles fazem são exatamente na BAIXADA CUIABANA! vixe eu acho que tem alguma de errado nessa história! tornozeleira vai segurar ladrão! vão roubar até o wi-fi da tornozeleira
joao | 02/07/2021 06:06:24
Esse é o problema do Brasil bandido tem mais direitos que o cidadão de bem. A maioria dos nossos juÃzes são corruptos ou cegos
JUCA | 01/07/2021 23:11:53
JUSTIÇA ATÉ CHORA PRA SOLTAR BANDIDO. A CANETA ATÉ TREME. POR ISSO QUE O BRASIL NÃO VAI PRA FRENTE. BANDIDOLATRIA!!!!
Brasileiro na roça | 01/07/2021 21:09:51
O q está acontecendo com a nossa justiça???? Soltaram criminosos do novo cangaço e agora manda soltar tds esses criminosos que aterrorizam os trabalhadores e q suas únicas funções são roubar gado!!! Quem será a nosso favor,já q a Defensoria pública está lutando a favor de presidiários serem vacinados e o MPE se cala! Fim dos tempos.
Justiceiro | 01/07/2021 20:08:33
CB LORAN ESCAPOU DESSA
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