O juiz Pierro De Faria Mendes da 1ª Vara Criminal de Várzea Grande determinou a soltura do empresário e digital influencer Ezequiel Padilha de Souza Ferreira, acusado de participar de aplicação de um “salve” junto de Riderson Aparecido Mangere Santi, Allan Pablo Ferreira Lopes e Wermeson Ribeiro Nunes no ano de 2020. O grupo é acusado de sequestrar, agredir e tentar contra a vida de um jovem, que só não morto por "falta de pontaria" de um disparo de arma de fogo.

A prisão preventiva de Ezequiel foi substituída por medidas cautelares como obrigação de comparecer a todos os atos processuais, manter endereço atualizado, proibição de acesso ou frequência a determinados locais para evitar o risco de novas infrações, além de proibição de praticar nova conduta criminosa ou de se comunicar com a vítima por qualquer meio.

Foi determinada ainda a intimação ao Ministério Público e as defesas para que no prazo de 5 dias apresentem o rol das testemunhas que irão depor em plenário.

Conforme denúncia do Ministério Público, em maio de 2020, às margens do córrego do bairro Pirineu, em Várzea Grande, Allan Pablo Ferreira Lopes, Riderson Aparecido Mangere Santi, Ezequiel Padilha de Souza Ferreira e Wemerson Ribeiro Nunes, enquanto integrantes da organização criminosa Comando Vermelho, agrediram M.W.S. com golpes de pau, chutes e murros em prática conhecida como “salve”.

Em seguida, efetuaram um disparo de arma de fogo na região da cabeça da vítima, somente não lhe causando a morte por falta de pontaria. Após o disparo, a vítima conseguiu se desvencilhar e empreender fuga.

Ezequiel estava preso desde junho deste ano por conta deste mandado em aberto. Ele também foi alvo da Operação Fachada, que desarticulou um grupo criminoso envolvido em agiotagem. Além dele, outros cinco empresários foram alvos da operação. Todos são acusados de extorsão e associação com facção criminosa. 

Em 2021, Ezequiel foi preso ao ser flagrado com um drone carregando celulares que seriam jogados dentro da Penitenciária Central do Estado. Porém, dias depois, ele foi liberado em decisão judicial.

Ele também já havia sido preso anteriormente por participação do roubo seguido de morte que vitimou o assessor parlamentar Sérgio Barbieri, 73, em Poconé, no final de janeiro de 2024. A vítima atuava no gabinete do deputado estadual Valmir Moretto.