Sábado, 02 de Setembro de 2023, 08h37
LUTA PELA TERRA
Justiça transfere área para 173 pessoas em disputa com igreja
Moradores do assentamento vão receber documentos de propriedade
DIEGO FREDERICI
Da Redação
O juiz da Vara de Ações Coletivas, Bruno D’Oliveira Marques, extinguiu um processo sobre uma área de 246 hectares, em Cuiabá, conhecida como Assentamento Gamaliel. A Convenção dos Ministros das Assembleias de Deus de Mato Grosso (Comademat), e a Defensoria Pública do Estado, debatiam a destinação da propriedade, doada pelo Governo de Mato Grosso em 2008.
Em decisão publicada no dia 9 de agosto, o juiz informou que a área será ocupada – de forma regular, com documentos de propriedade -, por 173 pessoas.
“A requerida efetuou a transferência de matrículas dos imóveis aos 173 lotes/beneficiários assentados no “Loteamento Gamaliel”, de modo que se cumpriu, integralmente, o disposto na sentença. Com efeito, o 6º Serviço Notarial de Registro de Imóveis da Terceira Circunscrição Imobiliária de Cuiabá confirmou a abertura das matrículas e o registro da carta de sentença. Além disso, ouvido o Ministério Público do Estado de Mato Grosso, o representante do Parquet reconheceu o cumprimento integral das obrigações”, analisou o juiz.
No acordo, realizado no início de 2022 e agora reconhecido pelo Poder Judiciário, ficou estabelecido que os moradores do assentamento Gamaliel deverão receber o documento com os respectivos títulos de propriedade da Comademat.
“A parte autora, em conjunto com a requerida Convenção dos Ministros das Assembleias de Deus do Estado de Mato Grosso – Comademat, realizará a verificação in loco e individualmente dos atuais possuidores, conforme lista apresentada neste ato pelo procurador da requerida”, determinou o juiz.
O assentamento tinha como mantenedor a organização que representa as Assembleias de Deus em Mato Grosso, que se beneficiou de uma lei de 2008, da gestão do ex-governador Blairo Maggi.
O Assentamento Gamaliel foi doado pelo Governo do Estado à Comademat por meio da Lei nº 9.042/2008. A ideia inicial era de que 175 famílias seriam assentadas em lotes com área de 1,2 hectares, com uma casa de 40 m² cada um.
Marcelo Souza | 03/09/2023 00:12:00
Marinhos, me responda uma coisa... Se as terras era da Associação de Servidores Públicos, iam fazer o que com elas? Clube com mais de 246 Hectares? Doação para Servidores Públicos? O qué?
Markinhos | 02/09/2023 10:10:21
Insta salientar que a referida área era de titularidade da associação dos servidores do instituto de terras de MT, que ficou com uma fração mÃnima após promulgação da lei, processo todo articulado sabemos.por quem... Essa assembleia de Deus e a verdadeira máfia instituÃda.
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