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Sábado, 30 de Março de 2024, 11h00

RESGATADOS

Macaco Chico tem vida boa com animais exóticos em fazenda

VITHORIA SAMPAIO

Gazeta Digital

 

Há mais de 20 a fazenda Lagoa do Sol recebe e trata animais vítimas de maus-tratos, além de ser moradia para vários bichos exóticos. Credenciada pela Secretaria de Estado e Meio Ambiente (Sema-MT), ela atua principalmente na soltura desses animais na natureza após reabilitação. A área rural preserva a fauna e a flora regionais com sua beleza exuberante e é aberta para visitação gratuita mediante agendamento. Programa ideal para época de férias e feriados prolongados com a família.

Além dos animais em tratamento de saúde, a propriedade de 1,5 mil hectares abriga mais de 20 espécies nativas do Brasil e América do Sul, incluindo lhamas, bovinos, equídeos, caprinos, cervídeos, ratitas e vários outros. Ao GD, o gerente da fazenda, Jacildo Cândido, explicou que são 6 funcionários além da médica veterinária que atuam nos cuidados diários de cada bicho, principalmente os que chegam mais debilitados.

"Os bichos vêm bastante debilitados. Nós cuidamos e soltamos aqui na propriedade em parceria com a Sema. A última vítima foi o Fred, uma anta que chegou com a cabeça cortada e cego de um dos olhos. Para entender como o ser humano é cruel, tudo isso ocorreu após o animal entrar em uma horta em uma propriedade em Campo Verde", pontuou.

Assim como Fred, a propriedade abriga o macaco Chico. Ele foi encaminhado ao local após resgate em 2020, durante a maior queimada que atingiu o Pantanal mato-grossense. Sua mãe faleceu no incêndio e ele ficou órfão entre os sobreviventes. Atualmente ele vive na fazenda em um local apropriado para o seu bem-estar.

Carla Prates é a veterinária responsável pelos animais da fazenda. Ela atua nos cuidados de proteção, prevenção de doenças e planejamento da unidade levando em consideração a individualidade de cada animal.

"Eu venho todos os dias e atuo na prevenção e tratamento de doenças e zoonoses. Cada um tem seu recinto e alimentação correta especifica, visto que cada um tem sua peculiaridade. As lhamas, devido ao calor de Cuiabá, têm no seu recinto a parte da lagoa onde elas ficam a maior parte do tempo. Já os cervídeos têm áreas cobertas, além das árvores, para se protegerem também nos horários mais quentes. Além da represa, alguns cochos de água foram adicionados, sempre em busca de servir melhores condições para os animais", contou a profissional.

A área também tem criação comercial e Sérgio Adami é um dos funcionários que cuida dessa parte. "Temos as éguas usadas para reprodução natural, elas são cobertas pelos garanhõezinhos, mini horses, e após nascerem ficam 6 meses com a mãe e depois fazemos o desmame para a venda (sic)", explicou.  

Na propriedade são criados bovinos para a venda nas raças nelore, nelore pintado, guzera e mini bovinos. Equídeos, mini horses, jumentos, equinos raça quarto de milha e paint horse tem fim comercial na área rual, assim como gansos, cisnes, patos, marrecos, galinhas caipiras, faisões. Os mini caprinos e ovinos nas raças dorper, santa inês e texel estão para venda. Os bichos para fins comerciais convivem em harmonia com as 72 lhamas, 72 cervos, 4 antas, 30 araras e 40 papagaios que vivem livre e com comida à vontade.

Para saber mais detalhes sobre o local e para agendar uma visita, os interessados podem entrar em contato com a organização da área através do Instagram abaixo. A fazenda fica no Distrito Industrial de Cuiabá.

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