Terça-Feira, 13 de Maio de 2014, 14h01
Mais de 160 falhas foram descobertas na Arena Pantanal
DC
Com parte dos serviços interditada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), apenas a Arena Pantanal já recebeu 160 autos de infração pelas mais diferentes irregularidades detectadas no canteiro de obras. Na última sexta-feira, o MTE interditou as atividades de manutenção e intervenção na rede elétrica do estádio por conta da morte do operário Muhammad’Ali Maciel Afonso, de 32 anos, que recebeu uma descarga elétrica de 380 volts.
De acordo com o chefe da fiscalização da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Mato Grosso (SRTE/MT), José Almeida, os motivos que levaram à confecção dos autos de infração estão relacionados à segurança e à saúde do trabalhador. Entre eles, risco de queda, inexistência de uso de equipamento proteção (EPI) e emissão de poeira sem proteção. “Ano passado, parte (da arena) sofreu embargo devido a risco de queda”, comentou o coordenador.
Quanto à interdição, Almeida informou que ainda ontem pela manhã aguardava a empresa Etel Engenharia, responsável pelo serviço, apresentar a documentação necessária para comprovar a segurança operacional. Até lá, os trabalhos continuam suspensos.
Familiares e colegas de trabalho afirmam que Muhammad’Ali estava em desvio de função no momento do acidente. Ele trabalhava em uma escada arrumando a fiação no teto do corredor quando recebeu a descarga, caindo de uma altura aproximada de 1,5 metro.
O acidente com Muhammad’Ali foi o mais grave registrado na Arena e a nona morte de operários nas obras dos estádios para a Copa do Mundo de 2014.
Segundo testemunhas, Muhammad’Ali não estaria usando equipamento de proteção individual. Além disso, a rede de energia não foi cortada para o reparo.
No final do dia, a empresa Etel divulgou nota informando que já entregou todos os documentos exigidos para a liberação da obra. “A liberação [...] depende do Ministério do Trabalho após análise dos documentos”, escreveu a assessoria de imprensa.
Ainda conforme a nota, a atuação de Muhammad Ali no dia do acidente não consiste em desvio de função. “Muhammad estava trabalhando em uma rede desenergizada, apropriada para sua habilidade e função”, consta na nota. “Ainda não foi possível avaliar como se realizou o contato com a rede elétrica, uma vez que seu trabalho não previa este contato”.
Conforme a empresa, para desempenhar a função de montador, o operário foi “treinado em diversas oportunidades de sua carreira”. Ele teria começado como auxiliar, passado a ser meio oficial e, enfim, promovido ao cargo de montador, no dia 1° de abril. A Etel também informou que está prestando toda a assistência à família do rapaz.
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