Quarta-Feira, 19 de Março de 2014, 17h07
Mais de 60 pessoas participam de audiência no Juizado Criminal
Da Redação
O Juizado Especial Criminal (Jecrim) de Cuiabá recebeu, na manhã desta quarta-feira (19 de março), mais de 60 pessoas que respondem a processo por posse de droga. Elas foram intimadas a participar da sétima audiência coletiva, que tem o objetivo de mostrar aos dependentes químicos as conseqüências do uso de drogas e propor a eles opções de tratamento.
Um dos participantes foi Marcus Vinícius Vasco Guimarães, de 29 anos, que usa drogas desde 2006. “Comecei por curiosidade, com a cocaína. Hoje faço uso de pasta base, o que traz muito sofrimento para mim e toda a minha família. Estou aqui porque realmente preciso de ajuda e estou disposto a aceitar o auxílio que o Juizado me oferecer”, disse ele, que já passou por quatro internações.
Assim como Marcus, Alessandra Aparecida Nunes também esteve no Jecrim em busca de ajuda. Ela foi acompanhar a mãe, que é dependente de álcool e drogas há trinta anos. “Não sei mais o que fazer diante disso. Estar aqui traz uma esperança para minha família, que sofre por conta das drogas há tanto tempo”, explicou Alessandra.
De acordo com a juíza responsável pelo Jecrim, Ana Cristina Silva Mendes, as audiências têm sido bem sucedidas. Inicialmente, havia certa resistência e o número de participantes era, em média, de 25 pessoas. Desta vez, mais de 60 estiveram presentes, sendo que, no total, mais de 100 intimações foram realizadas.
“Esses números mostram que a comunidade está compreendendo o real objetivo do nosso trabalho. As audiências não buscam a punição. O que queremos é oferecer formas de tratamento e, com isso, permitir que o indivíduo se ressocialize e fique distante das drogas, afinal, elas aproximam as pessoas do mundo do crime”, explicou a juíza. Ela destacou que, no momento, o Juizado possui 39 vagas disponíveis para tratamento em centros de reabilitação.
A audiência tem início com um vídeo e algumas orientações que são repassadas aos participantes. Em seguida, eles são atendidos individualmente pela juíza e um promotor de Justiça. Segundo a magistrada, as audiências coletivas também fazem com que os usuários e suas famílias vejam que esse não é um problema exclusivo deles e que muitas pessoas enfrentam o mesmo problema.
“Esse é outro ponto importante no fato de realizarmos as audiências de maneira coletiva. No cotidiano, os dependentes e familiares costumam se isolar. Quando chegam até aqui, eles percebem que esse problema é vivenciado por muitas pessoas e que há formas de superá-lo”, disse Ana Cristina.
A primeira audiência foi realizada em outubro de 2013. Desde então, mais de 100 pessoas foram encaminhadas para tratamento. As próximas audiências já têm data marcada. Elas serão realizadas nos dias 9 e 30 de abril e 14 de maio. Nos próximos dias, o Juizado definirá mais três datas.
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