Segunda-Feira, 16 de Junho de 2025, 17h30
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Membros de associação protestam contra limite de crédito para servidores de MT
Projeto de lei em votação na Assembleia limita a 35% da renda líquida dos servidores
G1-MT
Os representantes da Associação dos Correspondentes e Promotoras de Crédito de Mato Grosso realizaram um protesto, nesta segunda-feira (16), em frente à Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), em Cuiabá. O grupo é contrário ao projeto de lei que limita a 35% da renda líquida dos servidores estaduais a margem para empréstimos consignados.
Durante o ato, manifestantes vestiam camisetas com frases como “Consignado não é crime, consignado não é golpe”. Na última quinta-feira (12), eles também participaram de uma reunião da Mesa Técnica do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que apura suspeitas de fraudes e superendividamento envolvendo empréstimos a servidores públicos.
De acordo com o conselheiro fiscal da associação, Christian Lima, a proposta foi elaborada sem diálogo com os trabalhadores do setor. Ele afirmou que, se houve erro nas operações de crédito, os bancos devem ser responsabilizados, mas destacou que a categoria também será penalizada.
Segundo ele, os profissionais do setor não foram ouvidos durante a elaboração do projeto, que, na avaliação dele, impacta diretamente os servidores públicos e milhares de famílias que dependem economicamente dessa atividade. Segundo a entidade, mais de três mil empresas com Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) ativo e cerca de 10 mil consultores de crédito atuam no estado. Aproximadamente 200 deles participaram do ato.
Proposta em análise na ALMT
O projeto de lei foi entregue pessoalmente pelo governador interino Otaviano Pivetta (Republicanos) à ALMT e já passou pela primeira votação. Além de limitar a margem consignável, a proposta também prevê a criação de uma ouvidoria vinculada à Controladoria-Geral do Estado (CGE) para atender servidores com alto grau de endividamento.
Durante a apresentação da proposta, Pivetta defendeu a medida como uma forma de “garantir controle financeiro e prevenir o superendividamento”. O governador interino também se comprometeu a prestar contas sobre as taxas administrativas aplicadas nas operações, atualmente sob gestão da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag).
Levantamentos apresentados na sessão mostram que mais de 80 mil servidores estaduais têm empréstimos consignados ativos, somando cerca de 313 mil contratos, o que dá uma média de três por pessoa.
A associação que representa o setor afirma que a mudança pode comprometer uma das principais formas de acesso ao crédito pelos servidores, que hoje utilizam o consignado como alternativa por oferecer taxas mais baixas. Para minimizar os impactos, a entidade propõe uma redução escalonada da margem, de forma proporcional aos reajustes salariais anuais (RGA).
A entidade também sugere a regulamentação da portabilidade dos cartões de crédito consignados, com o objetivo de garantir taxas mais competitivas e justas entre as instituições financeiras.
Principais propostas da associação
Redução gradual da margem consignável, proporcional ao RGA dos servidores;
Regulamentação da portabilidade de cartões de crédito consignados;
Manutenção dos empregos e da renda de 10 mil trabalhadores do setor;
Garantia de acesso ao crédito com juros reduzidos para servidores;
Participação nas audiências públicas e discussões políticas sobre o tema.
Entenda a polêmica
Há duas semanas, o governo de Mato Grosso suspendeu os descontos em folha de pagamento relacionados aos contratos de crédito consignado firmados com a empresa Capital Consig S.A. A decisão foi tomada após a abertura de um inquérito civil pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), que investiga possíveis abusos e prejuízos aos direitos dos servidores públicos em contratos firmados com a empresa.
Em nota a Capital Consig expressou surpresa e discordância em relação à decisão do governo de Mato Grosso que suspender os descontos em folha de contratos de consignação. A empresa ainda afirmou que não teve acesso prévio aos pareceres do PROCON-MT, da PGE-MT ou ao processo administrativo, e destaca que a investigação da CGE-MT não encontrou indícios de fraude ou irregularidades. Por fim a Capital Consig se colocou a disposição dos órgãos competentes.
A decisão também leva em conta um relatório do Procon, que aponta práticas graves e prejudiciais aos servidores púbicos, como a liberação de valores menores do que o previsto nos contratos e o repasse das operações a instituições não autorizadas pelo Estado. Servidores ainda relataram dificuldades para acessar os próprios contratos.
Paulo | 18/06/2025 16:04:15
Bando de extelio??????ios, querem continuar a farra né, ......Estão sendo pagos pelos bancos, para se manifestarem...........
Justiça Plena | 18/06/2025 09:09:09
Que associação louca é essa?
Eleitor | 16/06/2025 21:09:14
Carrapato suga o boi enquanto este estiver vivo... Para tudo na vida tem limites. Inclusive consignado. Crime é mentir para o cliente...
Batman | 16/06/2025 19:07:49
Protesto da associação dos agiotas, é pra acabar mesmo viu rsrsrs.
Servidor publico | 16/06/2025 19:07:35
Essas empresas fazem assédio financeiro contra servidores, ligações indesejadas e mensagens o tempo todo
Carlos | 16/06/2025 19:07:29
TEM QUE BAIXAR PARA 10 % NO MÃXIMO, 35% AINDA ESTÃ MUITO ALTO.
Joana | 16/06/2025 19:07:27
liberando 35% um monte ja ta na roça imagina se liberar mais.... o pessoal precisa aprender a viver de acordo com o que recebe. tem carrão na garagem mas vive de aluguel não tem plano de saude e vive no vermelho
J U S T I C A | 16/06/2025 18:06:53
ESSE POVO QUER QUE OS FUNCIONÃRIOS PÚBLICOS SEJA REFEM A VIDA TODA DE EMPRÉSTIMOS
Ademir | 16/06/2025 18:06:36
Uma máfia mesmo, sanguessugas e chupins !!!! Ninguém pode ter mais que 30% consignado, como vive pra dividas supermercado, deslocamento, plano saúde , farmácias , como vive se for mais que isso descontado na fonte , são criminosos e sem vergonha !!!!
Caio Oliveira | 16/06/2025 18:06:35
Que se ferre os servidores, ponto final... Quem é servidor, ou não gosta de servidor ou tem inveja.
SERVIDOR | 16/06/2025 18:06:17
Chega a ser cômico aqueles que estao sob investigação por lezar os servidores estão fazendo protesto para que os servidores tenham uma margem maior do que 35% para que ele possam continuar o rombo nas finanças do pobre dos servidores. Cadeia para esse povo..
Willian | 16/06/2025 18:06:07
Um absurdo essa gente ter coragem de protestar/ servidores públicos lascados mal conseguem comer com várias doenças devido ao endividamento e esses caras de paus ai / ficar rico literalmente com a desgraça alheia
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