Cidades

Quinta-Feira, 08 de Maio de 2025, 18h20

MANÍACO DA LAND

MPE exige que advogado indenize família de mendigo assassinado com tiro

Conforme o MP, o crime foi motivado por vingança

Da Redação

 

A Justiça recebeu, na segunda-feira (05), a denúncia da 21ª Promotoria de Justiça Criminal da Comarca de Cuiabá, Núcleo de Defesa da Vida, contra o advogado Luiz Eduardo Figueiredo Rocha Silva, que é ex-procurador da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso, e está preso pelo homicídio de Ney Müller Alves Pereira, praticado no dia 9 de abril deste ano, em Cuiabá. Na denúncia, o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) aponta que o homicídio foi motivado por um vil sentimento de vingança.

Os autos revelaram que Luiz Eduardo, que tem salário mensal de R$ 44 mil, teve seu veículo Land Rover danificado enquanto estava com sua família na conveniência de um posto de combustíveis, situado no viaduto da Avenida Fernando Corrêa da Costa. Ao localizar Ney Müller, o denunciado, que estava de carro, reduziu a velocidade, aproximou-se já com os vidros abaixados e com a arma em punho, chamou a atenção da vítima e imediatamente desferiu contra ela um certeiro disparo de arma de fogo à curta distância na direção de seu rosto. 

“Em verdade, a vítima, pessoa em situação de rua e de extrema vulnerabilidade social, desprovida de moradia, saúde, trabalho e meios de subsistência, evidentemente não detinha quaisquer condições de reparar as avarias por ela produzidas no veículo do indiciado. Ciente dessa condição, Luiz Eduardo deliberou suprimir o bem jurídico que ainda lhe restava, matando-a de forma brutal e desumana, como se ela fosse um objeto descartável e desprovido de qualquer valor ou direito à existência”, apontou o promotor de Justiça Samuel Frungilo. 

Ainda consta na denúncia que o crime também foi praticado mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, já que ela foi surpreendida e morta de forma inesperada, sem qualquer chance de defesa. “Vale salientar que a mencionada condição de especial vulnerabilidade da vítima, que, de acordo com as informações colhidas, possuía transtorno mental além de viver em situação de rua, denota circunstâncias que revelam maior reprovabilidade da conduta a ser considerada quando da análise da gravidade do delito e responsabilização penal”. 

Na denúncia, o promotor de Justiça ainda pede que, na sentença condenatória, seja fixado um valor mínimo para reparação dos danos materiais e morais sofridos pelos familiares da vítima. 

Comentários (6)

  • JOSEH |  08/05/2025 21:09:56

    Engraçado né, quando estava abandonado na Rua não tinha família e agora tem. Feio!

  • Sebastião  |  08/05/2025 21:09:03

    Tenha filhos a vontade e jogue no mundo, se tudo der errado vc recebe uma graninha.

  • César  |  08/05/2025 20:08:54

    Quando o sujeito tava na rua, ninguém foi cobrar do estado, danos materiais e morais sofrido por ele e família.

  • Senadinho cuiabano |  08/05/2025 20:08:26

    Esse Ministério sempre defendendo malandro, vagabundos!! O Procurador tem que cumprir a pena q a justiça vai determinar após trânsito em julgado do processo. Más dizer que o noiado, vagabundo que morreu era santo e q ter q indenizar a família já é conversa fiada desse MINISTÉRIO PÚBLICO! Esse cidadão já aprontava a muito tempo por ali, quem procura acha até a família já tinha desistido dele, agora a mãe e a família vão poder ter paz de espírito e sossego!!

  • Alexandre |  08/05/2025 19:07:51

    O advogado tem que pagar pelo que fez. Fez com sabendo do risco que corria e das penas que poderia sofrer, ainda mais por ser um conhecedor da lei. Agora aqui, fica um questionamento, se fosse ao contrario, sera que o promotor faria o morador de rua trabalhar, para dar sustento para a familia do advogado? Outro ponto, sera que a familia do morador de rua, buscava ajuda-lo de alguma forma? Para agora receber uma graninha?

  • Ricardo  |  08/05/2025 18:06:02

    Família já tinha abandonado o cidadão a própria sorte e doença, agora vão receber indenização?

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