Cidades

Quinta-Feira, 18 de Julho de 2024, 23h38

CAMELÓDROMO

MPE veta comerciantes no Dom Aquino; novo de prédio depende do poder público

Associação não tem dinheiro em caixa para construir novo local

BRENDA CLOSS

Da Redação

 

Sem seguro e sem dinheiro em caixa, os mais de 600 comerciantes do Shopping Popular irão depender do poder público para recomeçarem suas vidas e voltarem a trabalhar, de acordo com o presidente da Associação dos Camelôs, em entrevista ao Jornal de Meio Dia, da TV Vila Real, nesta quinta-feira (18). Um incêndio destruiu o local na madrugada da última segunda-feira (15) e os trabalhadores perderam todo o seu material de trabalho em cerca de 30 minutos.

Questionado sobre o motivo de não ter feito o seguro da estrutura do shopping e, então, os lojistas de seus respectivos comércios, Misael reiterou que o local não tinha seguro, pois não conseguiram uma empresa para fechar o serviço para todos comerciantes. "Nós não fizemos porque a associação queria fazer um seguro que contemplasse todos associados, as 600 empresas. O Sicoob, que tinha uma banca lá dentro, fez várias consultas a várias empresas de seguro e nenhuma validou porque o espaço é público e 600 CNPJs. Tentar, eu tentei várias vezes, mas foram várias questões que teve empecilio", justificou o presidente.

No incêndio, toda a estrutura do Shopping Popular foi destruída pelo fogo. A tragédia gerou uma grande comoção popular e resultou em diversas reuniões entre políticos e empresários buscando meios e mecanismos para auxiliar os comerciantes e funcionários.

De acordo com Galvão, no momento, a associação não possui dinheiro em caixa para se reerguer, uma vez que o pagamento da taxa dos associados, no valor de R$ 1,5 mil, seria efetuado no dia 15, mas diante da tragédia ninguém o fez. Por mesmo, a entidade fatura cerca de R$ 1 milhão.

"Ninguém estava esperando essa tragédia e não estamos preparados para nada. O dia 15 era o dia que vencia a taxa do condomínio que os associados pagam para que a associação cumpra os compromissos. Com a tragédia, ninguém teve dinheiro para pagar a taxa no condomínio. Então, a associação nem nesse mês recebeu para pagar as despesas diárias que a gente já tinha assumido", declarou.

VETO DO MPE

Por ora, ficou definido que os comerciantes serão instalados temporariamente no Complexo Dom Aquino, nas proximidades da antiga estrutura destruída. No entanto, essa alternativa encontrada tem gerado críticas por parte dos moradores da região que reclamam de ficar sem a pista de atletismo que fica no local.

Misael pediu empatia para com os comerciantes e sugeriu conversar com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) para que a instituição libere a pista de atletismo ao público provisóriamente. "Quem deu a sugestão da mudança foi o próprio prefeito  Emanuel Pinheiro. Eu levei para uma reunião, foi aprovado. Não vejo dificuldade de a gente usar, devolver como está, até melhor, e poder atender nesse momento de fragilidade dos logistas", encerrou Misael. 

No final da tarde de hoje, o Ministério Público Estadual divulgou nota informando que as barracas não poderão ser colocadas no complexo Dom Aquino por ser um local de interesse público e que não atenderia aos interesses da coletividade. O MPE aconselhou os comerciantes a instalarem suas barracas no estacionamento do Shopping Popular, que é um espaço público, mas está cedido a associação por comodato.

Comentários (19)

  • Itamar  |  19/07/2024 14:02:41

    Minha banca mesmo foi vendida e não me deram um centavo muitas outras que venderam fica aí a justiça divina hammmm .....

  • Isaias Miranda - jesus meu tesouro ! |  19/07/2024 13:01:09

    "Então o Senhor fez chover enxofre e fogo, do Senhor desde os céus, sobre Sodoma e Gomorra;" (Gênesis 19:24). Mato Grosso campeão do Agro. O fim está próximo. Deus é fiel!

  • gonçalo |  19/07/2024 12:12:12

    Ora, ora, ora..., sem dinheiro em caixa!!! Para onde vai o dinheiro que os lojistas pagam, mensalmente, pelo espaço, no 'shoping? Será que o presidente tem desviado ou feito cambalacho com o prefeito, já que são, próximo?

  • Xômano Cuiabano |  19/07/2024 11:11:22

    Tem que fazer uma reportagem sobre os impostos que esses camelôs do Shopping Popular pagam, pois eles querem ajuda de dinheiro público Municipal, Estadual e Federal, sendo que eles não emitem nem Nota Fiscal e nem Cupom Fiscal? Ou seja, querem exigir muito e não pagam nada!

  • Lud |  19/07/2024 10:10:02

    Acho que o MP tem que se preocupar com a compra dos iPhone de última geração que custará alguns milhões dos cofres públicos, e não ficar enchendo o saco dizendo ou mandando o que o prefeito pode ou não fazer ,quer queira ou não o prefeito foi eleito pelo povo já o MP só visa poder.

  • Maneco |  19/07/2024 09:09:55

    É triste o que aconteceu, é! Mas não acho justo colocar $$$ público para erguer bens particulares...ainda mais sabendo que ali estava cheio de RICOS e que não pagam impostos! Se for reconstruir, o terreno tem que ser do GOV/PREF e tem que ter licitação para ver quem fica nos boxes!

  • Observador |  19/07/2024 09:09:31

    O que tenho notado é que os logistas tem medo do Misael. Por que eles tem medo?

  • Lee |  19/07/2024 09:09:26

    Pouco dos que trabalham nesse local possuem bancas, são em sua maioria alugadas. Os valores de aluguel são altíssimo. Tem empresários que retém até 20 ou 30 pontos nesse local

  • ELI ROCHA |  19/07/2024 09:09:20

    Vou dar uma sugestão ao tal do MISAEL: convoque todos os pastores das igrejas protestantes e peçam dinheiro para os "irmãos" e "irmãs" para a reconstrução do camelódromo. Agora vou dar um conselho para o tal do MISAEL: Misael, quanto menos você conversar e se aparecer, melhor para você. Sua "batata" está assando.

  • Zé Aquino |  19/07/2024 08:08:42

    a ACRIMAT fica ali, do ladinho... Esperamos empatia...

  • João Cuiabano  |  19/07/2024 08:08:33

    A contratação de seguro para condomínio é obrigatória nos termos do artigo 1.346 do Código Civil. Quem fiscaliza o cumprimento da lei?

  • Afonsão |  19/07/2024 08:08:01

    A associação não tinha dinheiro em caixa?Onde foram gastos 1 milhão de reais referente ao arrecadado antes do incendio? Tem que se contratar uma auditoria independente,sem influencia do prefeiro e da Casa dos Horrores,para saber para onde esta indo o dinheiro dos aluguéis.O cara deixar de ser vereador,aliado do Paletó,para se dedicar somente ao camelódromo,soa muito estranho.

  • Eugène Terre'Blanche |  19/07/2024 07:07:17

    Finalmente um acerto do MPE. Se eu perde minha casa governo algum vai me ajudar, então pra quê essa associação aí despreparada e que não tinha seguro do local deve ser ajudada?

  • Analista Político |  19/07/2024 07:07:11

    O Ministério Público tem que fazer uma devassa nas contas da Associação Presidida pelo Misael. Não é possível não ter NADA em conta com uma arrecadação mensal em torno de 900 mil.

  • Sociedade |  19/07/2024 07:07:09

    Tá td muito estranho

  • Zion |  19/07/2024 06:06:28

    Decisão Certinha. Dom Aquino deve ser utilizado pra lazer e esporte. Nada de barraca de produtos falsificados, descaminho e contrabando lá. E MUITO MENOS DINHEIRO PUBLICO PRA CONSTRUCAO DESSE SHOPPING DE HORRORES. Pede dinheiro pro CV. Combina mais.

  • Roberto  |  19/07/2024 06:06:27

    Ué o governador não disse q ia acabar a grilagem aqui em mt ????

  • Joaquim |  19/07/2024 05:05:14

    Esse Misael tem que ser responsabilizado pela péssima administração. Uma associação que arrecada quase 1 milhão só de taxas dos seus associados não ter seguro e nem 1 real em caixa é roubo. Não ter fundo de reservas ou qualquer investimento resgatável. Agora vem com conversa de empatia porque quer dinheiro público em coisa que vai gerar lucro privado. Quer mais que a área pública q já utilizam sem pagar aluguel?

  • eleitor atento |  19/07/2024 05:05:13

    E o Sr Misael vai ter muito o que explicar ...

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