Cidades

Domingo, 06 de Abril de 2025, 09h10

TRANSPARÊNCIA

MPF cobra UFMT sobre divulgação de vagas no curso de Medicina

Caso retornará para procuradoria

BRENDA CLOSS

Da Redação

 


 

O Ministério Público Federal (MPF) deu continuidade na investigação que apura falta de transparência na divulgação de vagas dos cursos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), principalmente no de Medicina, o mais disputado da instituição. A decisão unânime do colegiado, relatada pelo procurador Oswaldo José Barbosa Silva, foi disponibilizada no diário do órgão nesta quarta-feira (02). 

O procurador determinou o retorno dos autos para novas diligências. A investigação começou com representação que denunciava a ausência de informações sobre o quantitativo de vagas nos cursos da UFMT, especialmente no curso de Medicina do campus de Cuiabá. A universidade havia informado o curso de possui capacidade para 480 estudantes (80 vagas anuais). 

Segundo a UFMT, em julho de 2024 havia 488 estudantes regulares sendo que 33 alunos estavam em fase de conclusão. Outras 40 novas matrículas estavam sendo processadas para o segundo semestre de daquele mesmo ano. A instituição alegou ainda que não divulga publicamente o saldo de vagas devido à constante variação na ocupação, evitando assim a divulgação de informações desatualizadas. 

Também afirmou que respondeu adequadamente aos questionamentos via processo SEI na ouvidoria. No entanto, o MPF considerou que os argumentos da universidade não justificam a falta de transparência, que os prazos acadêmicos permitiriam a divulgação periódica atualizada e que os links disponibilizados pela UFMT estavam inoperantes ou desatualizados desde 2023. 

Além disso pontuou que há obrigação legal de transparência, uma vez que a publicidade é regra e o sigilo exceção na administração pública. A decisão destacou que a nova Lei 15.001/2024 reforça a obrigatoriedade de divulgação de vagas disponíveis e preenchidas pelas instituições federais de ensino. 

O MPF entendeu que as investigações realizadas foram insuficientes para solucionar a questão, mantendo-se a ilegalidade alegada. Diante disso, o caso retornará para a procuradoria de origem.

Comentários (2)

  • Lenin |  07/04/2025 07:07:29

    É semelhante ao que acontece com as vagas de transferência, a UFMT prefere priorizar alunos de outras instituições que já estão cursando o curso desejado para transferência, do que dar preferência a alunos de curso afim de dentro da UFMT

  • Rodrigo |  06/04/2025 12:12:41

    Ai tem! É só "cavucar" com paciência.

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