Sábado, 07 de Junho de 2025, 10h19
MAIO
MT tem 36 mortes por síndrome respiratória; 88% não eram vacinados
SES faz alerta sobre risco por circulação de múltiplos vírus respiratórios
Da Redação
Das 36 mortes causadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em Mato Grosso no mês de maio, 88% foram entre pessoas que não haviam tomado a vacina contra a influenza. A análise de perfil das vítimas mostra que oito em cada dez óbitos registrados em maio foram de idosos com mais de 61 anos, sendo que sete tinham de 76 a 80 anos e sete tinham mais de 80 anos. Este padrão é consistente com o perfil nacional de maior gravidade e letalidade da Influenza A em idosos.
Os dados constam em alerta epidemiológico divulgado pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de Mato Grosso (Cievs), da Secretaria de Estado de Saúde (SES), sobre o aumento de mortes pela síndrome no Estado, com dados inseridos no sistema até o dia 3 de junho.
A SRAG é um quadro clínico grave caracterizado por febre, tosse e dificuldade respiratória que pode evoluir para insuficiência respiratória e óbito.
A cobertura vacinal do público-alvo prioritário (crianças, idosos e gestantes) está em 28% em Mato Grosso. A vacinação também está disponível para os grupos estratégicos, como puérperas, povos indígenas, trabalhadores da saúde e pessoas com deficiência permanente. No total, apenas 403.596 doses foram aplicadas em Mato Grosso.
“A vacina contra a gripe é gratuita e eficaz, especialmente para os grupos de risco, e está disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) para o público prioritário e estratégico desde o início de abril. Então é importante que os idosos procurem o posto de saúde mais próximo o quanto antes”, explicou o secretário de Estado de Saúde de Mato Grosso, Gilberto Figueiredo.
Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Alessandra Moraes, a falta de vacinação em uma parcela tão significativa de pessoas que morreram por SRAG indica uma oportunidade perdida de proteção.
“Neste momento, é imprescindível priorizar a imunização do grupo prioritário, devido à gravidade da doença para este público. Muitas vezes a população não tem a dimensão do quão grave pode ser a doença e negligencia a vacinação”, destacou.
Por isso, o Cievs recomenda que os municípios intensifiquem a vacinação de forma emergencial, com busca ativa nos territórios, horários estendidos dos postos de saúde, instalação de postos volantes em locais de grande circulação (terminais, praças e supermercados) e ações extramuros em empresas, escolas e comunidades.
Influenza A é principal causadora da SRAG
Os 36 óbitos por SRAG registrados em maio tiveram a predominância do vírus Influenza A, responsável por 80% dos casos onde o agente etiológico foi identificado.
De acordo com o responsável técnico pelo Cievs Estadual, Menandes Alves de Souza Neto, o cenário nacional reforça a importância da vigilância para múltiplos vírus respiratórios em Mato Grosso. “A elevada proporção de Influenza A nos óbitos identificados no Estado está alinhada com a tendência observada nacionalmente”, disse.
A circulação simultânea dos vírus Influenza A e Vírus Sincicial Respiratório (VSR) tem contribuído para o aumento de casos da síndrome no Estado, além de representar um desafio diagnóstico e de manejo clínico.
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