Sexta-Feira, 23 de Maio de 2025, 11h02
BRIGA JURÍDICA
Oficial dos Bombeiros tenta reverter demissão por recebimento de propina em MT
Defesa alega que cargos de oficiais militares possuem caráter vitalício
DIEGO FREDERICI
Da Redação
O juiz da 11ª Vara Criminal Militar de Cuiabá, Moacir Rogério Tortato, deu 15 dias para o tenente do Corpo de Bombeiros Anttoniery Campello esclarecer se já existe um processo que determinou sua demissão das fileiras. Em decisão da última quarta-feira (21) o juiz analisou uma ação em que o oficial militar pede a anulação do ato administrativo, do governador Mauro Mendes (União), que determinou a sua demissão da Corporação.
Entre outros argumentos, Campello alegou que os cargos de oficiais militares possuem o caráter “vitalício”, e que as pessoas que os ocupam não podem ser desligadas de forma arbitrária. “Os oficiais militares gozam de vitaliciedade, de modo que a perda do posto e da patente somente pode ser determinada após julgamento de indignidade por tribunal competente, no caso, o TJMT, sendo vedada a imposição direta da medida pela via administrativa”, alega o tenente.
O juiz Bruno D’Oliviera Marques analisou a questão e observou que a demissão decorreu justamente de um outro processo, que julgava a mesma situação do tenente. Dessa maneira, para não ferir o princípio da “coisa julgada” - quando o Poder Judiciário julga um processo que já teve uma decisão anterior em outra ação idêntica, onde a sentença não foi modificada por meio de recursos -, o magistrado deu 15 dias para o tenente esclarecer o caso.
“Verifica-se que a ação foi regularmente apreciada, tendo sido proferida sentença de mérito com trânsito em julgado em 25/06/2024. Em decorrência desse pronunciamento judicial definitivo, o Governador do Estado procedeu à reiteração do ato administrativo de exclusão anteriormente publicado no Diário Oficial do Estado nº 27.698, de 26/02/2020, pelo qual fora imposta ao autor a sanção de perda do posto e da patente. Essa nova manifestação administrativa foi formalizada por meio de despacho governamental datado de 17 de março de 2025”, explicou o juiz.
Caso se confirme que um processo anterior já havia determinado a demissão, Campello permanecerá fora das fileiras do Corpo de Bombeiros Militares de Mato Grosso.
Segundo a denúncia, o tenente sofreu um processo administrativo na Corporação que apontou a sua “incapacidade de permanecer na ativa”. Entre as acusações, o tenente teria emitido de forma irregular um alvará da unidade de ensino à distância da Unopar, em Canarana (649 Km de Cuiabá), além de exigir propina para a realização de atos administrativos.
Campello também é suspeito de agir de forma "desmedida e desrespeitosa" com funcionários de empresas privadas, além de ter respondido por lesão corporal e cárcere privado contra a sua própria esposa.
The contender | 23/05/2025 14:02:15
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