O contato direto com a escola e o diálogo permanente e assertivo com os filhos foram apontados pela psicóloga e psicoterapeuta familiar Rafaelle Perin como essenciais para a prevenção ao bullying. Nesta quarta-feira (23), ela falou sobre o papel da família para evitar que ações desta natureza ocorram em entrevista concedida à Rádio CBN Cuiabá. O bate-papo fez parte da programação da campanha “Quando todo mundo ri, alguém chora. Bullying é Crime!”, desenvolvida pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso e parceiros.

A entrevistada destacou ainda que os pais devem estar atentos aos exemplos que dão aos filhos. Em relação aos eventuais sintomas que a vítima de bullying pode apresentar, a profissional chamou a atenção para mudanças de comportamento. “Não existe uma regra, mas a adoção de comportamento contrário ao que ela apresentava antes é preocupante e pode ser um sinal de que algo esteja acontecendo, fora ou dentro de casa”, alertou.

A psicóloga ressaltou também a importância de os pais priorizarem tempo de qualidade com os filhos para os conhecerem. “Não existe certo ou errado, existe o jeito que dá certo, mas para que isso aconteça é preciso entender as limitações e como o seu filho gosta de ser amado”, orientou.

Durante a entrevista, Rafaelle Perin também abordou o outro lado: o de quem comete o bullying. “Quando falamos em prevenção ao bullying, normalmente não se fala da criança que o pratica. É preciso buscar o histórico desses jovens, verificar o que está acontecendo ou o que já aconteceu, pois a maioria deles também já foi vítima da mesma prática e acredita que precisa vingar”, afirmou.

A participação da família, conforme a psicóloga, é fundamental para garantir a proteção da criança e ajudá-la a lidar com o problema. E muito mais do que isso, também é um agente fundamental na prevenção. E como fazer isso?