Cidades

Sábado, 29 de Março de 2014, 23h24

Preço da passagem de ônibus pode cair 27,54%

Uol

O documento foi negociado em março de 2013, durante os protestos pela redução do custo do transporte coletivo, entre o prefeito Marcio Lacerda (PSB) e os manifestantes, com a intermediação de membros do MP (Ministério Público) de Minas Gerais.

À época, os protestos acabaram conseguindo impedir o aumento dos preços das passagens na cidade, que permaneceram em R$ 2,65. A sede da Prefeitura de Belo Horizonte chegou a ser ocupada por manifestantes.

Em nota, a BHTrans informou que o \"Relatório Técnico Final de Apuração do Resultado Econômico Financeiro dos Contratos de Concessão da Rede de Transporte e Serviços por Ônibus de Belo Horizonte\" será enviado ao Ministério Público Estadual e está sob análise da Prefeitura de Belo Horizonte \"para subsidiar qualquer definição relativa à alteração tarifária no transporte coletivo\". 

A reportagem do UOL não localizou a assessoria de imprensa de Lacerda para comentar o relatório.

BRT

Segundo o relatório, a redução de preço da passagem esbarra em uma exigência que a Prefeitura fez às 43 empresas que exploram o negócio na cidade: investir na implantação do sistema BRT (Bus Rapid Transit, na sigla em inglês) na cidade. Com isto, a tarifa deveria ser ajustava em 2,97%, além dos 8,95% de remuneração das concessionárias que estava previsto em contrato. 

Mesmo assim, foi constatado um desiquilíbrio no preço das tarifas. \"O impacto percentual na tarifa deve ser de menos 27,54% para que a TIR [Taxa Interna de Retorno, o lucro das empresas] dos consórcios consolidados se iguale à TIR de 8,95%\", informa o relatório. \"Esse desequilíbrio mostrar-se-ia favorável aos consórcios, com a previsão de retornos acima do previsto inicialmente.\"

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