Com vendas que superaram as expectativas e movimentaram a economia local, o projeto “VG Santo Peixe” encerrou ontem (18), ao meio-dia, em Várzea Grande. A iniciativa da Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural Sustentável, garantiu à população várzea-grandense e cuiabana a oferta de pescado a preços acessíveis durante o período da Semana Santa, entre os dias 16 e 18 de abril.

Segundo o secretário da pasta, Ricardo Costa Amorim, foram comercializadas cerca de 18 toneladas de peixe, superando a previsão inicial de 15 toneladas. “A gente estima que, se tivéssemos 20 toneladas, venderíamos tudo. A procura foi muito grande, especialmente por moradores de Cuiabá, mas também recebemos compradores de Cáceres, Tangará da Serra e Poconé. Foi um sucesso absoluto”, afirmou.

O projeto, que teve cinco pontos de venda estrategicamente distribuídos por Várzea Grande, ofertou duas espécies principais: tambatinga e pintado, comercializadas em diferentes cortes e preparações — desde peixe inteiro até em postas, filés e cubos. Os preços variaram em média entre R$ 21 a R$ 22 o quilo da tambatinga e R$ 40 o quilo do pintado, valores bem abaixo da média praticada no mercado regional, onde podem chegar a R$ 70, especialmente nesta época de grande procura.

O VG Santo Peixe mantém os valores dos pescados inalterados e blindados da lei de mercado regida pela oferta e procura. Segundo Ricardo Amorim, os preços foram definidos com base em estudos do Tribunal de Contas do Estado, garantindo regularidade e transparência. Além de fomentar o acesso da população ao pescado em um período tradicionalmente religioso, o “VG Santo Peixe” também impulsionou a cadeia produtiva local.

Parte dos produtos vendidos foi adquirida diretamente de produtores de Várzea Grande, com inspeção e certificação da vigilância sanitária. “Isso beneficia quem cria, quem processa, quem distribui, quem vende e especialmente, quem compra. É um ciclo que aquece a economia e fortalece o pequeno produtor”, reforçou o secretário.

O projeto foi reforçado na quinta-feira (17) com a presença da tradicional Feira da Família, realizada no Paço Municipal, que também contribuiu para a movimentação comercial e o estímulo à produção agrícola local. A união das iniciativas criou um ambiente de valorização da produção regional e facilitou o acesso da população aos alimentos típicos da Semana Santa.

SUCESSO TOTAL

Empresas participantes, como a Sereia Pescados, celebraram os resultados. “Batemos o recorde, chegamos a 18 toneladas. A procura foi muito grande e as vendas foram excelentes”, afirmou Eva Gonçalina Ribeiro, representante da empresa.

Entre os consumidores, a avaliação também foi positiva. Jefferson da Silva Araújo, morador do bairro Jardim Costa Verde, elogiou o preço: “Achei que estava por mais de R$ 50, mas estava R$ 40. Já levei dois.” Já Andréa de Almeida Rodrigues, moradora da cidade, destacou a comodidade: “As peixarias estavam lotadas, então aqui foi uma mão na roda. O preço está bom e os pontos de venda facilitaram bastante”. E, Weirley Borges, morador do bairro Coophamil, em Cuiabá, disse: “atravessei a ponte para garantir a refeição da Sexta-feira Santa conforme a tradição manda”.

Com a reformulação do projeto em 2025, sob a gestão da prefeita Flávia Moretti e do vice-prefeito Tião da Zaeli, ambos do PL, o “VG Santo Peixe” se consolidou como uma referência regional na comercialização de pescado com responsabilidade social, organização e incentivo à economia local, sendo a única iniciativa com esse porte entre os municípios da região metropolitana.

A expectativa agora é de ampliar ainda mais o projeto em edições futuras. “Estamos muito satisfeitos. Mais uma vez Várzea Grande saiu na frente”, concluiu o secretário Ricardo Costa Amorim.