Domingo, 10 de Novembro de 2024, 12h15
TENSÃO
Promotora de MT ofende advogados: “Código da bandidagem"; veja vídeo
Episódio foi registrado em Barra do Garças
METRÓPOLES
Uma audiência de julgamento realizada na comarca de Barra do Garças (MT), no dia 30 de outubro, acabou em discussão acalorada entre a promotora de Justiça Clarissa Cubis de Lima Canan e os advogados Jefferson Adriano Ribeiro Junior e Letícia David Moura. No momento mais tenso da briga, a representante do Ministério Público disse que os advogados seguem “o código da bandidagem”.
A dicussão foi registrada em vídeo e as imagens chegaram ao conhecimento da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Os profissionais ofendidos pela promotora são de Goiânia (GO). A seccional de Goiás, por meio da Comissão de Direitos e Prerrogativas (CDP), protocolou reclamação disciplinar contra a promotora no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
As imagens começam com Clarissa se dirigindo ao advogado Jefferson Adriano, dizendo a seguinte frase: “O senhor segue o código da bandidagem. É isso que o senhor segue”. Ele, então, retruca: “Isso é um absurdo. A senhora nunca nem me viu na vida e falar uma coisa dessa: código de bandidagem?”.
Em seguida, Jefferson e a colega Letícia solicitam ao juiz que presidia o julgamento para que a ofensa fosse registrada em ata. “A promotora atingiu a defesa de forma direta. A gente está sendo acusado. [Ela] está nos colocando no mesmo lugar do banco dos réus”, alegou a advogada.
“Ninguém vai fazer maracutaia na minha comarca”
A briga não parou por aí. A promotora disse, em seguida, que os advogados estavam querendo tumultuar o julgamento. Nesse momento, Letícia contrapôs dizendo que quem havia começado a gritar e escandalizar a audiência havia sido a representante do MP.
“Ninguém vai fazer maracutaia aqui na minha frente não, doutora. Essa aqui é a minha comarca. Não admito que venham lá de Goiânia fazer malandragem aqui. Aqui tem ordem”, esbravejou Clarissa Cubis.
Os advogados ouviram mais essa fala da promotora, pediram por respeito e disseram que estavam, apenas, exercendo o direito de defesa. “Não somos bandidos, não. Tenha respeito”, disse Letícia.
Motivo da briga
A briga começou um pouco antes da gravação do vídeo. A promotora teria insinuado, anteriormente, que os advogados eram financiados por organizações criminosas, acusando-os de deslealdade processual e de dificultar a realização de perguntas ao réu.
Diante da investida da promotora, a defesa decidiu gravar a sessão para proteger as prerrogativas da advocacia. Na mesma hora, Clarissa resistiu e tentou impedir a gravação, dizendo que não autorizava o uso de sua imagem e voz. Mesmo assim, os advogados insistiram e fizeram o vídeo.
Além da reclamação disciplinar no CNMP, a OAB-GO pediu o afastamento da promotora e notificou a Ordem do estado vizinho, OAB-MT, para que seja instaurado um procedimento investigativo.
Os advogados ofendidos também enviaram uma representação ao Corregedor-Geral do Ministério Público do Mato Grosso (MPMT), pedindo a instauração de procedimento para apurar a conduta da promotora.
O Metrópoles tenta contato com Clarissa Cubis de Lima Canan, mas ainda não obteve resposta. O espaço segue aberto.
Misael Farias | 11/11/2024 04:04:02
Vergonha, uma desmiolada dessa no MP.
Antônio | 10/11/2024 15:03:37
Não falou nada demais ... A advocacia do Brasil está envolvida até o talo na bandidagem... Isso é fato...
Paulo | 10/11/2024 12:12:01
Minha comarca. Ela apresentou o recibo de compra? Que arrogância.
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