Cidades

Quarta-Feira, 25 de Junho de 2025, 14h07

MERCATORE

Quadrilha com advogado e policial é condenada por roubos em Cuiabá

Bando vendia produtos roubados nos shoppings populares

DIEGO FREDERICI

Da Redação

 

A juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Alethea Assunção Santos, condenou 14 pessoas por organização criminosa num esquema de lavagem de dinheiro no comércio de eletrônicos roubados no Shopping Popular, na Capital. Os líderes da quadrilha - que contava inclusive com um policial civil, um advogado e uma bancária -, João dos Santos Filho, o “Tom”, e Odair Coelho Vas, pegaram 10 anos de prisão em regime fechado pelos crimes de constituir organização criminosa, falsificação de documento público, obter vantagem ilícita em prejuízo alheio e ocultação de dinheiro. 

Já Felipe Figueredo Santos, sentenciado a 8 anos, Anderson Marcelo da Silva (6 anos) e Florival Dantas Neto, conhecido como “Neto” (5 anos), também irão cumprir suas penas em regime fechado. Há ainda o grupo condenado ao semiaberto - Andrea Cristina Santos (7 anos), Fábio José Prado Gomes (7 anos), Bruna dos Santos Souza (7 anos), Camila Figueiredo Santos (7 anos), Luiz Carlos da Silva (6 anos), Ivan Fortes de Barros (5 anos), Marcel Souza Abe, o “Japão” (4 anos) e Weliton da Costa Souza, conhecido como “Quati” (4 anos).

Augusto Ribeiro Amorin, também membro da quadrilha, pegou um ano em regime aberto. A denúncia aponta que uma organização criminosa movimentou R$ 1,7 milhão proveniente de lavagem de dinheiro e comercialização de eletroeletrônicos e equipamentos de informática roubados.

As diligências são parte da Operação Mercatore, da Polícia Judiciária Civil (PJC), no ano de 2015. Investigações da PJC, de 2014, apontam que o líder da organização criminosa é João dos Santos Filho, e o gerente geral, Odair Coelho Vas, que administravam cinco bancas no Shopping Popular, na Capital, e duas outras em Várzea Grande, na região metropolitana.

Um advogado, uma bancária e um policial civil também faziam parte da quadrilha. Na época, as investigações apontaram que o grupo seria responsável por 90% dos roubos em comércio de eletroeletrônicos de Cuiabá.

A PJC revela que o esquema era mantido por meio de empresas de “fachada”, criadas para capitanear recursos junto às instituições bancárias e, assim, financiar os roubos, furtos e a receptação de cargas de eletroeletrônicos. Foram identificadas nove empresas constituídas pelo grupo para lavagem de dinheiro.

Uma delas, a R.A.G Comércio de Informática, foi instituída com documento falso em nome do “02” da organização criminosa, Odair Coelho Vas, que em seu RG falso apresenta-se como Odair Francisco Vas. O chefe do bando, João dos Santos Filho, também possui procuração para movimentar as contas fraudulentas em nome da empresa R.A.G.

Ele fazia as transações financeiras contando com ajuda de uma bancária, que facilitava  empréstimos “vultuosos” fundamentados em documentos falsos.

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