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Segunda-Feira, 11 de Agosto de 2025, 10h30

HORA DA VERDADE

Réu por morte em "tribunal do crime" vai a júri em Cuiabá

MARIANA LENZ

GAZETA DIGITAL

 

O réu Diego Henrique Pacheco da Silva deve enfrentar o tribunal do júri no dia 28 deste mês pelo sequestro, homicídio e ocultação de cadáver de Adriano José da Silva Neto - em destaque na foto -, vítima de um “tribunal do crime”, ocorrido em agosto de 2023 na capital. Atualmente Diego está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE) e a sessão do júri deve ocorrer sob presidência da juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, no Fórum de Cuiabá.

Em 17 de julho deste ano, a magistrada revogou a prisão preventiva de 3 réus acusados de envolvimento no crime. Marcio Rei Cordeiro do Nascimento, Weberton da Silva e Marcos Paulo Almeida Santos, foram impronunciados por falta de indícios suficientes de participação no crime, após trânsito em julgado de acórdão da Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).

Diego Henrique teve o processo desmembrado, pois a sentença que o pronunciou transitou em julgado anteriormente.Ele também é acusado de integrar uma quadrilha especializada em roubos a motoristas de aplicativos de transporte.

O crime

Adriano José da Silva Neto, 30, desapareceu em 19 de agosto de 2023. Uma camiseta suja de sangue e um boné pertencentes a ele foram encontrados em um prédio abandonado, onde funcionava uma creche, no bairro Dom Aquino, em Cuiabá.

No dia seguinte, em 20 de agosto, seu corpo foi encontrado, com uma pedra amarrada a ele, embaixo da ponte às margens do rio Coxipó. A família de Adriano já tinha registrado o seu desaparecimento. Eles foram até o Instituto Médico Legal (IML) e reconheceram o corpo.

No corpo a perícia identificou dois disparos de arma de fogo, sendo um na região do ombro, peito esquerdo e o outro na cabeça. A polícia concluiu que ele foi torturado em uma espécie de “tribunal do crime” no local, antes de ser morto e ter o corpo jogado no rio.

O prédio onde Adriano foi torturado é a antiga sede da Creche Municipal São José Operário e ficava há poucos metros da casa da vítima. Além de roupas da vítima e marcas de sangue, foram encontrados um pedaço de madeira e latas de cerveja.

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