O juiz da 11ª Vara Criminal Militar de Cuiabá, Moacir Rogério Tortato, aceitou a denúncia contra o sargento da Polícia Militar, Rogério da Silva Rocha Júnior, que irá responder por violência contra militar em serviço, resistência mediante ameaça, desacato a militar e desobediência. 

Segundo trecho da denúncia, o sargento PM acertou um chute no tórax de um soldado, e teve que ser imobilizado com uma “tonfa” - uma arma utilizada em artes marciais, que consiste num bastão curto com um cabo.

“Nesta oportunidade o autuado relatou que sofreu agressão por parte dos colegas policiais que realizaram a abordagem, porém ao analisar os autos verifica-se do boletim de ocorrência, que em decorrência do estado agressivo e alterado do autuado, foi necessário à utilização de força física, bem como bastão tonfa para imobilizá-lo e contê-lo, pois o flagranteado desferiu chutes em desfavor dos colegas policiais militares, momento em que atingiu o tórax do soldado PM”, diz a denúncia.

Em decisão publicada no dia  3 deste mês o magistrado intimou partes e testemunhas para uma audiência no dia 25 de agosto de 2025. Além das agressões, o processo disponível para acesso público também revela que Rogério da Silva Rocha Júnior foi flagrado bêbado, dormindo, com sua arma de fogo à mostra em frente a uma agência bancária no município de Campo Verde (136 Km de Cuiabá).

Em decisão que concedeu a liberdade provisória ao sargento, do ano de 2022, o Poder Judiciário determinou o envio dos autos à Corregedoria da Polícia Militar de Mato Grosso.

“Considerando o visível estado de embriaguez que se encontrava o autuado (deitado em frente ao Banco do Brasil da Cidade de Campo Verde), juntamente com uma pistola à mostra em sua cintura. Considerando ainda que, é dever do policial zelar pela segurança do cidadão e não causar temor, pois houve várias denúncias via 190 relatando sobre a situação que se encontrava o flagranteado. Diante disso, determino a expedição de ofício à Corregedoria da Polícia Militar de Mato Grosso, para que tome as providências cabíveis”, revelam os autos. O recebimento da denúncia é o início do processo no Poder Judiciário. Ao final, após a fase de produção de provas, o sargento poderá ser condenado ou absolvido.