A Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas) está elaborando uma plataforma de trabalho denominada inicialmente de “política integrada” com a finalidade de ampliar os mecanismos de inserção do trabalhador em situação de vulnerabilidade no mercado de trabalho e também de qualificação dessa mão-de-obra. 

Nesta terça-feira (20), técnicos da Setas apresentaram ao secretário Valdiney Arruda e aos representantes da Organização Internacional do Trabalho (OIT) o projeto que foi pensado a partir da necessidade de ofertar atendimento especializado a grupos específicos, que por diferentes razões encontram entraves para inserção no mercado de trabalho. 

“Especificamente, essa política integrada será uma grande rede sócio assistencial com a finalidade de inserção do público-alvo no mercado de trabalho”, explica o secretário Valdiney de Arruda, cuja carreira profissional sempre foi pautada na criação de projetos de inclusão produtiva. 

Luiz Fujiwara, oficial de monitoramento e avaliação do Programa de Combate ao Trabalho Escravo da Organização Internacional do Trabalho (OIT), participou da reunião a convite do secretário Valdiney de Arruda. 

Ele veio para discutir uma possível cooperação técnica entre a OIT e a Setas no desenvolvimento de uma política e programas que tenham foco similar. Ou seja, a qualificação do trabalhador para sua inserção no mercado de trabalho, acompanhada de uma série de atividades que buscam o desenvolvimento do ser humano também, a exemplo do programa Ação Integrada, da OIT. 

“O Ação Integrada é uma intervenção multidisciplinar com foco em trabalhadores egressos do trabalho forçado e a população de vulneráveis à cooptação do trabalho forçado. É um projeto inovador que tem foco na afirmação dos direitos humanos, cujo objetivo é eliminar a reincidência do trabalho escravo”, explica Fujiwara, observando que a instituição dessa prática inovadora na gestão pública que é uma ação de promoção do trabalho decente. 

A equipe técnica da Setas, com assessoria da OIT, está trabalhando para lançar a política integrada no início de fevereiro por oportunidade das comemorações em torno do Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo.