Segunda-Feira, 24 de Janeiro de 2022, 15h30
CÉRBERUS
TJ mantém prisão de sargento da PM acusado de integrar milícia em MT
Magistrado negou tese de constrangimento ilegal arrolado pela defesa
RAFAEL COSTA
Da Redação
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso negou conceder liberdade ao sargento da Polícia Militar, Adelso Francisco dos Santos. Ele está preso preventivamente há um ano e dois meses pela suspeita de integrar uma organização criminosa destinada ao tráfico de drogas e extorsão.
O esquema foi desarticulado pela Operação Cérberus deflagrada em novembro de 2020 pela Polícia Federal em conjunto com a Polícia Civil. A decisão do magistrado foi publicada na sexta-feira (22) no Diário da Justiça.
A defesa alegou no habeas corpus que o sargento é submetido a constrangimento ilegal, pois a prisão preventiva estaria configurando uma pena antecipada. Citou que até o momento não foi oferecida denúncia criminal, permanecendo no cárcere apenas por conta de investigação em curso.
O desembargador Orlando Perri, ao negar o habeas corpus, ressaltou que as investigações apontam a existência de uma organização criminosa fortalecida no sentido de cometer delitos, atraindo até profissionais da segurança pública, o que leva a necessidade de preservar a prisão por conta da garantia de ordem pública. “Existem evidências concretas, conforme as informações extraídas dos Relatórios Policiais e da individualização da conduta descrita pela Autoridade Policial acima disposta, de que esses investigados, em tese, integram e fomentam uma Organização Criminosa, especializada na prática do delito de tráfico de entorpecentes através da prática conhecida por ‘arrocho’, roubando a droga de traficantes, via de regra atacando transportadores contratados por estes, para revenda da carga ilícita a outros traficantes, em Cuiabá e outros municípios de Mato Grosso”, argumentou.
Operação Cérberus
A operação policial foi deflagrada em novembro de 2020 para prender lideranças do crime e promover a descapitalização patrimonial do grupo, a fim de evitar a formação de uma possível milícia em Mato Grosso. A PF informa que os suspeitos estariam subtraindo carregamentos de drogas e vendendo o material para outros criminosos. Alguns dos investigados possuem antecedentes criminais extremamente violentos, com passagens por extorsão, homicídios e tráfico de drogas.
Os suspeitos vinham ostentando padrão incompatível com os rendimentos lícitos. De acordo com a investigação, estas pessoas teriam aberto empresas de fachada, usando familiares para ocultarem patrimônio.
Na ação, a PF apreendeu celulares, veículos e armas de fogo. A Justiça determinou ainda o bloqueio de até R$ 5,5 milhões das contas dos investigados, além do sequestro de veículos e imóveis registrados.
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