Cidades

Terça-Feira, 19 de Agosto de 2014, 17h35

VG integra confecção artesanal de redes a Patrimônio Cultural do município

Da Redação

A tradicional arte de tecer manualmente redes vai fazer parte do Patrimônio Cultural de Várzea Grande. As redeiras de Bonsucesso - como são conhecidas estas artesãs - expõem uma técnica centenária de tear belas peças que são conhecidas nacionalmente e em outros países. Conhecedora e admiradora dos trabalhos das redeiras, a primeira-dama do município de Várzea Grande, Jaqueline Guimarães, apresentou um projeto que declara integrante do Patrimônio Cultural de Várzea Grande as Redes que são confeccionadas no distrito de Bonsucesso. 

Na oportunidade ela ainda ressaltou  que como forma de  geração de renda e valorização cultural será  realizado um curso profissionalizante  no distrito de Bonsucesso e outro na Casa de Artes em Várzea Grande.” Todos interessados já podem procurar a Casa de Artes para fazer  sua inscrição. O curso está previsto para iniciar no dia primeiro de setembro com termino no dia 28 de novembro”.        

O distrito de Bonsucesso é uma referência nesta arte na Baixada Cuiabana. Dona Gonçalina de Barros Rosa, de 80 anos aprendeu a técnica com sua mãe e fala com orgulho deste trabalho. “São mulheres que se dividem entre as atividades domésticas e a arte de tecer redes, que é passada de geração para geração, sobretudo, de mãe para filha”. São as redeiras também as responsáveis por divulgar a fauna pantaneira e outros temas da cultura mato-grossense nos seus desenhos manuais. Cada profissional leva em média, com uma árdua jornada diária, dois meses para confeccionar uma rede.  “A centenária técnica de confecção artesanal das nossas redes é preservada num ir e vir de fios que bordam tuiuiús, araras, violas, tucanos, peixes, cajus entre outras figuras típicas do Estado”, argumenta dona Gonçalina.

O Secretário de Assistência Social de Várzea Grande, Silvio Aparecido Fidelis, cita ainda que a arte é pouco valorizada em Mato Grosso, porém admirada pelos turistas, principalmente os estrangeiros. Por isso, vamos acautelar a tradição, que fomenta a economia de várias famílias da região.

Mesmo conseguindo ultrapassar - ainda que timidamente - os limites do Brasil, as redeiras não têm o devido reconhecimento do seu trabalho. A divulgação tem sido feita mais pelos registros jornalísticos.

 

 

 

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