Quinta-Feira, 03 de Julho de 2025, 10h58
CONTROLE E FISCALIZAÇÃO
Wilson reconhece avanços, mas expõe falhas
Da Redação
O deputado estadual Wilson Santos (PSD) utilizou a tribuna nesta quarta-feira (2), durante sessão plenária, para destacar os importantes investimentos realizados pelo Governo de Mato Grosso nas áreas da saúde com a construção de seis hospitais públicos e da infraestrutura com as melhorias nas principais rodovias do estado. Além de sua classificação com nota máxima - de “C” para “A” - pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), o que comprova a eficiência na gestão fiscal dos recursos públicos. Apesar de reconhecer os avanços da atual gestão, o parlamentar contrariou o governador Mauro Mendes (União) ao afirmar que não tem responsabilidade na fiscalização dos empréstimos consignados contratados por servidores públicos, sendo que o controle é feito pela Secretaria Estadual de Planejamento e Gestão (Seplag).
“Na semana passada, o governador mencionou uma frase que me deixou bastante curioso e eu fui estudar sobre essa fala. Ele disse que o governo não tem nenhuma relação com os bancos e clientes, como as sociedades de crédito e clientes. Fui então recorrer a uma apresentação feita pelo secretário da Seplag, Basílio Bezerra, no Tribunal de Contas do Estado (TCE), para compreender esse posicionamento”, afirmou o deputado.
Durante a sessão, Wilson Santos apresentou o mesmo material exibido por Basílio na Mesa Técnica sobre o superendividamento de servidores públicos, realizada no dia 5 de junho, no TCE. A apresentação detalha os direitos dos servidores ao contratarem empréstimos consignados, que estão sob controle da Seplag e fiscalização da MT Desenvolve - ambos órgãos ligados à administração estadual. Também, foram mostrados os valores repassados às instituições consignatárias e os papéis exercidos pelos entes envolvidos no sistema de consignação.
Segundo a Seplag, os direitos dos servidores incluem a consulta online à margem consignável e aos contratos, averbações por meios seguros e digitais (vedadas por telefone), acesso prévio às taxas de juros e condições de contratação, acesso a documentos sob guarda da administradora e consignatária, além da promoção de educação financeira - inclusive pelas próprias consignatárias. De acordo com o parlamentar, todos esses itens deixaram de ser cumpridos como previsto.
Outro dado exposto pelo deputado revela que os repasses às consignatárias, entre maio de 2024 e abril de 2025, ultrapassaram R$ 1,7 bilhão. Os maiores volumes foram destinados ao Banco do Brasil, Santander, Capital Consig, Sicredi e MT Saúde. O destaque ficou para a Capital Consig, que apresentou um crescimento expressivo no segundo quadrimestre de 2022, operava com cerca de R$ 106 mil, enquanto no primeiro quadrimestre de 2025, o volume saltou para mais de R$ 48 milhões.
No sistema de consignação, a Seplag é responsável pelo controle central, credenciamento e averbações, além de ser gestora do Fundo de Desenvolvimento do Sistema de Pessoal do Estado de Mato Grosso (Fundesp), que recebe 3% das taxas de juros cobradas pelos bancos. Outros 4,75% são destinados ao MT Desenvolve que é responsável por fomentar, gerir e fiscalizar as operações do cartão de crédito consignado MT Card.
“Infelizmente, a Seplag e a MT Desenvolve não fizeram o seu papel. Quero encerrar a minha fala dizendo ao governador Mauro Mendes - com todo o respeito à sua administração que tem sido muito exitosa em várias áreas - que, no caso dos empréstimos consignados, o governo levou os servidores ao maior endividamento da história. Como disse o governador em exercício, Otaviano Pivetta, o governo falhou, cometeu erros e foi omisso”, concluiu Wilson Santos.
Várzea Grande amplia proteção contra meningite
Sábado, 05.07.2025 04h25
Águas Cuiabá instala bebedouros em Cuiabá
Sábado, 05.07.2025 02h43
Fábricas de concreto geram caos em bairros de Cuiabá e VG
Sexta-Feira, 04.07.2025 20h47
MP expõe caos no saneamento em escolas de MT
Sexta-Feira, 04.07.2025 19h57
Estado entrega reforma de escola
Sexta-Feira, 04.07.2025 19h56