Nesta quarta-feira (27), é celebrado o Dia Mundial do Teatro, uma forma de arte que se mantém presente no dia a dia da população, independentemente da idade. A aposentada Anaoride Ramazzotti Goda, de 75 anos, ou Ane, como prefere ser chamada, é uma das milhares de pessoas que foi impactada por essa arte, após a conclusão de um curso de teatro em Cuiabá.

Ane trabalhou a vida toda como figurinista nos bastidores de peças teatrais, no entanto, após se casar e criar os filhos, se questionou sobre o que faria dali em diante.

Foi então que ela decidiu aceitar o convite de uma amiga para frequentar aulas de teatro destinadas à terceira idade e descobriu a paixão pelos palcos.

"Eu não digo que é a realização de um sonho, porque realmente eu nunca sonhei com isso, eu acho que é uma realização de vida. Eu realmente estou amando”, disse.

Segundo ela, é uma grande realização estar atuando e notar gritos animados de amigos e familiares orgulhosos na plateia.

“Fazer apresentações provoca muitas borboletas no estômago, mas eu não pretendo parar. É delicioso ver e ouvir os netos gritando quando você sobe no palco. Eles gritam “vovó!” É muito gostoso e gratificante”, expressou.

Arte na sociedade

Para o professor André Ferreira, que atua no Sesc Arsenal dando aula para crianças e idosos, existem abordagens diferentes para as duas faixas etárias.

Com crianças, é interessante trazer ideias mais participativas, com atividades de imaginação, lúdicas e com brincadeiras. Já para pessoas idosas, é interessante trazer mais referências e discussões de textos.

André ainda destacou sobre a importância da expressão de arte para a sociedade, como uma forma de ler e propagar a cultura.

“A gente teve uma experiência bem recente de pandemia em que a gente viu os artistas, atores e músicos se mobilizando para levar um pouco de diversão, de afago, vamos dizer assim, para as pessoas que estavam em casa. E se não fosse esse movimento de lives, eu acho que seria muito mais difícil para todos. Então, eu acho que, sociedade, arte e teatro estão intimamente ligados. Eu entendo que, sem eles, não teríamos a sociedade de hoje”, relatou.