O muralismo, arte que consiste em painéis gigantescos pintados com tinta ou spray, vem se tornando um mercado de arte muito promissor e ganhando cada vez mais espaço em Cuiabá. As pinturas se diferenciam do grafite e da pichação pela autorização do proprietário do espaço pintado ou pela encomenda de uma obra específica em locais pré-estabelecidos.

O ilustrador Maurício Mota, de 26 anos, é um dos artistas do muralismo que vem ganhando destaque na capital cuiabana. Segundo ele, quando a pintura é feita na rua com autorização, ela deixa de ser grafite e passa a ser um mural. 

A tendêndia é que o muralismo apareça em obras grandes, no meio do espaço público, para todo mundo ver. Mas, recentemente, artistas do muralismo vem sendo procurados para executarem trabalhos específicos em ambientes diversos.

Uma dessas versões mais intimistas do muralismo pode ser encontrada no centro acadêmico do curso de comunicação da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT). A obra foi produzida pelo ilustrador Rodrigo Piasecki. “Ali estão presentes, por exemplo, os livros, o dinheiro, as fichas do restaurante universitário, entre outras coisas que estão no cotidiano de um estudante de comunicação”, explica Rodrigo.

Para Rafael Jonnier, artista plástico e muralista que possui diversas obras espalhadas pelas ruas de diversas cidades de Mato Grosso, os murais têm a capacidade de mudar o humor das pessoas. “Quando você está passando na rua e seu dia não está muito bom, mas você olha aquelas cores, aquele mural, e automaticamente já reflete pro seu dia a dia. O mural é uma janela que reflete energia positiva pra outras pessoas”, diz.

Recentemente, Rafael foi procurado para pintar os murais de uma praça de restaurantes. Para o dono do estabelecimento, Guilherme Guimarães, a ideia surgiu para que o público tenha proximidade com a arte.