Quarta-Feira, 02 de Setembro de 2020, 11h21
CULTURA
VG entrega reforma geral da Casa de Artes
Da Redação
A reforma da Casa de Artes de Várzea Grande, entregue no início dessa semana, traz mais do que melhorias na estrutura física do espaço. É na verdade a revitalização do berço da cultura várzea-grandense. O projeto atendeu necessidades específicas do local, que não apenas exibe parte da tradição de seu povo. Seu objetivo maior é o fomento do conhecimento que atravessa gerações, seja no artesanato, nas artes plásticas, na culinária, na música ou mesmo na dança. Mais do que nunca, a Casa de Artes de Várzea Grande faz jus ao seu nome e é sem dúvida, a guardiã de uma cultura de mais de 150 anos.
“Cultura, tradição e história se encontram e se completam dentro da Casa de Artes de Várzea Grande. Esse espaço, em pleno Centro comercial da cidade, abriga, promove e perpetua o que há de mais precioso para a população local: sua identidade cultural expressada por meio das manifestações culturais”, destacou a prefeita Lucimar Sacre de Campos, ao visitar e fazer a entrega da reforma.
Ainda como fez questão de destacar a prefeita, Várzea Grande tem uma tradição rica, centenária, que vai das famosas redes feitas de forma manual, em tear, passando pela música, com o cururu, até à gastronomia, que tem como prato principal o peixe. “Temos doces, compotas, uma infinidade de peças em tapeçaria, todas nascidas em tear manual, peças de barro, produtos feitos através da reciclagem. A Casa de Artes mantém viva nossa história e ao mesmo tempo vai dando toque de modernidade com a troca de experiências entre as gerações”. Riqueza, história e tradição reunidas em um único espaço e preservadas, pontuou a prefeita.
Além da reforma, a Casa de Artes tem mais a comemorar: com a regularização de toda sua documentação junto à Biblioteca Nacional, o que habilita a Casa a receber materiais pertinentes ao seu acervo e ainda pleitear recurso para fomento da arte e cultura local. “A regularização documental é um grande passo para o reconhecimento da Casa de Artes no cenário nacional”, destacou a superintendente municipal de Cultura, Maria Alice de Barros Silva.
Ainda no campo das boas notícias, a superintendente anunciou que teve início o processo de tombamento do patrimônio histórico da Casa de Artes, ou seja, de todo seu acervo. “O que trará segurança e visibilidade a todo trabalho realizado pela Casa, em nível nacional e internacional”.
A Casa de Artes é ponto de referência para turistas brasileiros, oriundos de outros estados, bem como de estrangeiros, vindos dos Estados Unidos, Canadá e América Latina. Em geral, a maior parte se encanta com as peças de tapeçaria, que são justamente as de maior valor agregado.
“Como disse, nosso objetivo é fomentar a arte e a cultura em todas as suas manifestações”, pontuou Maria Alice.
A MAGIA DO TEAR - Mais que fomentar o artesanato, com as mundialmente conhecidas redes tecidas fio a fio no tear, a Casa, tem tido papel fundamental para que as redes artesanais da comunidade Rural de Limpo Grande tenham reconhecimento nacional como patrimônio cultural brasileiro e reconhecendo o artesanato local como um bem imaterial nacional.
O tear, por exemplo, é o único de toda a região metropolitana, que pode ser visto ao vivo em plena atividade. É sempre requerido para ser mostrado em plena atividade em reportagens, documentários e filmagens. Dentro da proposta da Casa de Artes, além de ser responsável pela produção de diversas peças de tapeçaria como redes, capas de almofadas, jogos americanos, caminhos de mesas e echarpes, o tear tem o papel principal de ensinar as novas gerações o ofício de redeira, já que a profissão é reconhecida no Município e no Estado.
A Casa de Artes oferece o curso de tear de forma gratuita. Por ser complexo e necessitar de uma instrução mais personalizada, são apenas quatro vagas por turma para cada um dos três aparelhos. Como explica a superintendente municipal de Cultura, Maria Alice de Barros Silva, o curso tem duração de quatro meses e é ofertado sem custo à comunidade porque o maior intuito é preservar a cultura local e formar novas redeiras/tecelãs.
A Casa de Artes possuiu atualmente 158 artistas cadastrados que fornecem constantemente ou já forneceram seus produtos para exposição e comercialização no espaço. Toda a renda com a venda dos objetos é 100% revertida ao artista. A Casa é mantida pelo Município e com a venda de artigos que são produzidos por artesãos contratados pela Casa. “Os cadastrados recebem uma espécie de consultoria quanto ao valor final do produto, apresentação dele em embalagens, acabamento, fazemos a comercialização e ao final, entregamos 100% do valor do que foi vendido”, explica Maria Alice.
Todos os artigos expostos estão à venda. Além de artigos de tapeçaria, há móveis esculpidos em madeira, moldados em barro e cerâmica, jogos de cama, mesa e banho, artigos para presentes e petiscos da culinária local, como banana da terra frita, e doces em compota.
A Casa de Artes está localizada na Avenida Couto Magalhães, ao lado da Praça Sarita Baracat antiga Aquidaban. Funciona das 8h às 17h30. Recebe grupos de turistas e de estudantes. Quem quiser assistir os artesãos no tear é bom ligar para confirmar o horário em que cada um está disponível no espaço. Contato pelo 3682-6640.
Governo leva produções de MT para a maior feira de artesanato
Domingo, 20.07.2025 16h52
Filme de Dira Paes será exibido neste domingo em Cuiabá
Domingo, 20.07.2025 15h21
Casamento luxuoso de empresários reúne milionários em Cuiabá
Domingo, 20.07.2025 12h28
Festança de Vila Bela terá danças do Congo e Chorado
Sábado, 19.07.2025 11h29
Instituto Ciranda inicia aulas presenciais do programa de fanfarras
Sábado, 19.07.2025 09h40