O clipe da música “Vai Malandra”, lançado por Anitta na última semana, surpreendeu o público desde a primeira cena: o bumbum da cantora em close e as celulites em evidência.

Segundo a “Poderosa”, a intenção foi realmente mostrar seu corpo sem retoques. “A mulher real tem celulite, a maioria tem. A estética de ‘Vai Malandra’ é muito verdadeira, mostra uma favela real e com pessoas da comunidade”, explicou em entrevista à repórter Maria Fortuna na coluna “Gente Boa”, do jornal “O Globo” . 

Anitta destacou que ficou muito satisfeita com a repercussão de suas celulites entre o público feminino. “Fico feliz em saber do impacto positivo que a minha celulite teve nas mulheres. Nós devemos nos unir e parar de julgar os corpos e as escolhas umas das outras”, afirmou.

Gravado no Vidigal, o vídeo mostra um pouco da rotina nas comunidades do Rio de Janeiro e, de acordo com a cantora, tudo é real. “O clipe expôs a realidade do funk e das favelas cariocas. Mostramos o bronze na laje, os bailes, o mototáxi, e a alegria que existe nas comunidades. Se você subir o morro, vai ver tudo isso que mostramos. Nada foi inventado”, acrescentou.

A artista também comentou as críticas sobre a “objetificação da mulher” no clipe de “Val Malandra”. “A ‘malandra’ do clipe não é objetificada, ela é a dona da história. E ela não é representada somente por mim, mas por todas as mulheres que participaram do clipe, na cena da laje ou na do baile. O clipe mostra diversos tipos de beleza, com diversas cores, pesos e gêneros. E toda essa beleza também é real, assim como a minha celulite”, explicou.

Para Anitta, há grande satisfação em voltar às suas origens. “O funk é um ritmo que veio da periferia. É um gênero tão rico, tão brasileiro, e cheio de cultura, mas ao mesmo tempo não tem o reconhecimento que merece”, concluiu.