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Domingo, 12 de Junho de 2022, 18h00

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Conheça Tosca Musk, irmã de Elon e dona do "Netflix erótico"

TERRA

 

Tosca Musk não está pessoalmente interessada em turismo espacial ou na fabricação de carros elétricos. Ela não é uma encrenqueira no Twitter, plataforma que agora estava sendo comprada pelo seu irmão. E não está nadando em dinheiro, pelo menos não no dinheiro da pessoa mais rica do mundo.

Porém, ela é parecida com Elon Musk, seu irmão mais velho, pelo menos em uma coisa: está determinada a transformar uma ideia que poderia ser facilmente ridicularizada em um negócio de sucesso. Que se danem os profetas da desgraça, seu projeto envolve romances.

Tosca Musk, 47 anos, é a força por trás do Passionflix, um serviço de streaming por assinatura arrivista dedicado a adaptações de romances comerciais e fanfics eróticas em filmes e séries. O serviço online custa US$ 6 por mês e organiza o conteúdo por um "termômetro de safadeza". As categorias são "Tão convencional", "Levemente excitante", "Paixão & Romance", "Delícias picantes constrangedoras" e "Não dá para ver no trabalho". O Passionflix arrecadou quase US$ 22 milhões em financiamento inicial.

"Estamos em busca de mais cinco, talvez 10 (milhões)", disse Tosca. "Sabe de alguém que possa se interessar?"

Além das adaptações - a grande maioria dirigida por Tosca, que é a CEO da empresa -, o Passionflix oferece uma variedade rotativa de material licenciado. Entre as opções estão "Encontros casuais", um filme de 2013 estrelado pela Duquesa de Sussex, então conhecida como Meghan Markle, e "Apenas duas noites", uma comédia romântica de 2014 estrelada por Miles Teller. Filmes de estúdio como "Sabrina" e "O Paciente Inglês", ambos da década de 1990, também estão disponíveis.

Passionflix é uma espécie de Hallmark Channel sexy. As histórias são simples, e a atuação às vezes não é sofisticada. O diálogo exibido no Passionflix costuma ser extraído direto do material de origem, que pode ser majestosamente brega. "Senti falta de fazer amor com você", sussurra um bonitão sem camisa em "Gabriel's Rapture", uma série da Passionflix baseada no romance best-seller de Sylvain Reynard. "Era como se um dos meus membros estivesse faltando."

Mas, por favor, não chame o Passionflix de prazer culposo. "Odeio essa descrição", disse Tosca com seu jeito direto. "É simplesmente prazer." E tire da cabeça os pensamentos sujos: termômetro de safadeza à parte, o conteúdo do Passionflix raramente se aproxima do limiar do soft-porn. Há cenas de sexo, com certeza, mas a sensualidade costuma ser moderada - um olhar sedutor aqui, uma coxa roçando ali. Tosca impõe uma regra de nada de nudez frontal abaixo da cintura.

"Na maioria das vezes, as pessoas menosprezam o romance - aparentemente há algo radical em ter o desejo feminino como tema principal - e não acham que ele seja intelectual o suficiente", disse Tosca. "Acho que isso está errado. Romance é sobre validar emoções. Trata-se de tirar a vergonha da sexualidade. São histórias edificantes."

"Nada do que fazemos é a respeito de ser uma vítima, ou uma mulher em perigo, ou sobre a domesticação de mulheres", continuou ela. "Seja um romance de segunda chance ou a história da Cinderela, no fim, são duas pessoas que se conectam, se comunicam e se comprometem."

O Passionflix foi lançado em setembro de 2017 e agora está disponível em 150 países; o conteúdo é legendado em nove idiomas. Mas o progresso tem sido lento. O serviço de streaming tem apenas seis funcionários. A pandemia paralisou a produção por um tempo. O número de assinantes é um mistério, e Tosca se recusa a dar dados específicos e analistas dizem que o serviço ainda é muito pequeno para ser monitorado. (As assinaturas cresceram 73% em 2021 em relação ao ano anterior, disse um porta-voz do Passionflix.)

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