Sexta-Feira, 02 de Outubro de 2020, 08h46
CAMPANHA
Eventos continuam proibidos enquanto comícios reúnem milhares de pessoas
METRÓPOLES
Centenas de pessoas correndo atrás de um caminhão ao som de música animada. Parece a descrição de uma micareta, mas não é. Em 2020, enquanto o setor de entretenimento permanece parado devido à pandemia do Covid-19, o comício eleitoral é a única aglomeração permitida. Desde o último domingo (27/09), as campanhas para prefeitos e vereadores estão autorizadas e parecem não se preocupar com o distanciamento social.
“Há uma falsa impressão de que o setor de eventos é o único potencial propagador da doença. Comícios e aglomerações partidárias podem, mas eventos de entretenimento, que geram empregos, estão sofrendo com as paralisações! É um absurdo, pois ignora todos os esforços que o setor vem fazendo desde o início da pandemia”, comenta Doreni Caramori Júnior, presidente da Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape).
“O segmento de cultura e entretenimento é responsável por 4,32% do PIB nacional e reúne um universo de aproximadamente 60 mil empresas. Temos procurado dialogar com os governos para que, com segurança, retomemos imediatamente as atividades do setor. Se ficarmos estagnados até outubro, mais da metade das ocupações formais deixará de existir. Entre formais e informais, 3 milhões podem ficar sem renda”, continua o empresário.
A legislação eleitoral não mudou este ano, logo, não impede a promoção de passeatas e carreatas. No entanto, era esperado que os candidatos e os partidos respeitassem as restrições que os decretos estaduais e municipais impõem para prevenir a transmissão do vírus. Só que esta fiscalização não é de responsabilidade do Tribunal Regional Eleitoral de cada estado, e aí todo mundo se aproveita.
É recomendado que os candidatos usem máscara em público, evitem aglomerações nas reuniões e reforcem o palanque virtual, com transmissões ao vivo na internet, por exemplo, e priorizem a campanha remota. Mas, se os eventos de entretenimento estão proibidos, por que segue permitido fazer comício com aparelhagem de som até meia-noite? Em vídeos que circulam em redes sociais, é possível ver vários exemplos.
“O setor de eventos é o maior afetado pela pandemia e continua sendo o alvo principal quando se aborda a disseminação da doença no país. Não é justo que nós paguemos a conta sozinhos enquanto as aglomerações clandestinas, bem como o descontrole do estado das atividades autorizadas mediante protocolo, continuam ocorrendo. Queremos transparência e a compreensão da mídia para todo este contexto”, afirma Doreni.
A coluna entende que nem todos os eleitores têm acesso a internet e, por isso, os partidos precisam realizar parte da campanha pelos meios tradicionais também, mas espera que isso seja feito com mais responsabilidade. Daqui até o dia 15 de novembro, data do primeiro turno das eleições, ainda há muito tempo para os candidatos apresentarem suas propostas para o público.
Coveiro | 02/10/2020 09:09:07
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