Acontece, hoje, a 15ª Parada da Diversidade LGBT (gays, lésbicas, bissexuais e transexuais), em Cuiabá. A partir das 14 horas, os participantes prometem levar cor e alegria para as ruas da capital em defesa de um “Estado Laico e Cidadania – direito de todas e todos”. A organização do evento espera reunir pelo menos 8 mil pessoas. 

Para os organizadores, o evento completa 15 anos de luta em defesa dos direitos humanos da população LGBT. Nesse período, vem contribuindo para o diálogo e a construção de uma sociedade mais justa e fraterna. 

“Nós temos muito que comemorar, nesses 15 anos de parada. Aos poucos fomos conseguindo galgar nossos passos dentro da sociedade. E o tema desse ano, vem de encontro ao nosso desejo. Pertencemos a um estado laico e precisamos garantir esses direitos, independente de religião. Temos que fazer que prevaleçam o respeito, e a parada vem contemplar tudo que a gente busca”, ressaltou Valdomiro Arruda, presidente do Conselho Municipal de Atenção Sexual de Cuiabá. 

Arruda reforça ainda que as pessoas LGBTs também trabalham e pagam seus impostos. “E que estamos inseridos na sociedade e precisamos ter nossos direitos garantidos, em busca de paz”, completou. 

Na capital, os participantes também chamam a atenção e cobram a suspensão da decisão do juiz Waldemar Cláudio de Carvalho, da Justiça Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal (DF) que permite atendimento psicológico referente à reorientação sexual, que vem sendo chamada de “cura gay”. 

A decisão foi discutida, ontem, em um seminário, que contou com a participação do Conselho Regional de Psicologia (CRP). A presidente do CRP, Morgana Moura, alerta para os riscos das terapias de reversão sexual e a ineficiência delas, conforme apontam estudos feitos pelas comunidades científicas nacional e internacional, além de provocarem sequelas e agravos ao sofrimento psíquico. 

Segundo ela, desde 1999, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) determinou por meio de resolução 01/99 em que determina que “os psicólogos não exercerão qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas, nem adotarão ação coercitiva tendente a orientar homossexuais para tratamentos não solicitados”. 

A partir das 14 horas, gays, lésbicas bissexuais, transexuais e simpatizantes se reunir na Praça Ipiranga, no Centro da cidade. De lá, eles saem em direção à Orla do Porto, às margens do Rio Cuiabá. O evento será encerrado no local com o show da cantora Ludmila.