Quarta-Feira, 06 de Setembro de 2023, 19h00
DIA DO SEXO
Masturbação vicia? Entenda benefícios e problemas
G1
Nesta quarta-feira, 6 de setembro, é celebrado o Dia do Sexo (o sugestivo 6/9). Para entender o que é o vício em masturbação e como identificá-lo, o g1 conversou com Eduardo Miranda, coordenador do Departamento de Andrologia da Sociedade Brasileira de Urologia, e com Lucinara Costa, terapeuta, sexóloga e especialista em relacionamentos amorosos.
Os especialistas defendem que a masturbação é um ato saudável e com muitos benefícios físicos e emocionais. No entanto, quando passa a afetar o dia a dia de uma pessoa, suas relações e, principalmente, quando está relacionada ao uso excessivo ou exclusivo de pornografia, pode virar um problema.
1 - Quais os benefícios da masturbação?
Os especialistas afirmam que que a masturbação ajuda as pessoas a entenderem suas preferências e desejos sexuais.
É o principal caminho de descoberta da sexualidade e atividade sexual;
É uma maneira de se manter sexualmente ativo, independentemente de ter ou não parceiros;
Para os homens, ter ereções regulares é importante porque a ereção é como se fosse uma fisioterapia do pênis, diz Miranda;
Ajuda a descobrir pontos de prazer, emoções e sentimentos.
"(A masturbação) é necessária nessa descoberta da sexualidade. As pessoas que não se tocam têm sérios problemas na sexualidade porque elas transferem tudo para o outro, colocam todo o prazer na conta do outro", afirma Lucinara Costa.
2 - É possível viciar em masturbação?
Sim, é possível desenvolver o vício em masturbação. No entanto, os especialistas alertam que não existe uma frequência recomendada ou um limite diário. Vai depender de cada indivíduo e de como a masturbação afeta a vida.
Não há problema no caso de pessoas que se masturbam diariamente e mantêm as atividades sexual e de trabalho, explica Eduardo Miranda.
Transtornos de hiperssexualidade, compulsão por pornografia e perda de interesse pelo sexo são sinais de preocupação.
"O limite é tênue, mas a resposta é que é possível sim. (É um problema quando) a pessoa está tão focada na masturbação que ela pode ter um distanciamento ou perda de interesse por relacionamentos e até, eventualmente, ter algumas disfunções ou falhas", explica Miranda.
3 - Como a compulsão por masturbação e a pornografia estão associadas?
Na visão dos especialistas, o acesso fácil e banalizado à pornografia é capaz de impulsionar a prática da masturbação, e o contrário se aplica.
Pornografia aumento a prática compulsiva e excessiva, trazendo um bombardeamento excessivo de estímulos para o cérebro
Vídeos também podem ser fonte de frustração para a pessoa que não consegue reproduzir aquilo com o parceiro (a) e não vê mais graça no ato sexual
Masturbação vira problema quando todo ato de prazer está na masturbação, trazendo ansiedade, insônia e outros problemas.
"Tem estudos que mostram que, com a pornografia, você precisa de 8 minutos para ter toda a resposta sexual — o que é uma resposta sexual muito alta. (Pode virar fonte de ansiedade e estresse) quando o excesso de dopamina que você está acostumado não vai acontecer em outros horários do dia", afirma Lucinara Costa.
4 - Como identificar vício em masturbação?
A identificação do vício em masturbação envolve observar o comportamento do indivíduo.
Focar exclusivamente na masturbação e perder a satisfação nas relações íntimas são sinais, afirma Lucinara Costa.
Em alguns casos, as pessoas reconhecem o vício quando relatam masturbações frequentes, muitas vezes várias vezes ao dia, explica Lucinara Costa.
Projetar toda a energia sexual somente naquele comportamento masturbatório, quando você só se conecta através da masturbação ou com o celular, isso já é um risco, afirma a especialista.
"Como eu também atendo casais, o que eu percebo é que quando a mulher diz que o parceiro não está procurando tanto e não tem tanto desejo, é que este homem faz o uso da pornografia, da masturbação, de forma compulsória", afirma Lucinara.
5 - Como o excesso de masturbação pode afetar a vida da pessoa?
Os especialistas explicam os efeitos negativos do excesso de masturbação, que incluem até a chamada Síndrome do Punho de Ferro:
Dificuldade em alcançar o orgasmo durante o sexo é um possível resultado, conforme Eduardo Miranda.
Problemas como insônia devido à dependência da masturbação, dificuldade em ter ereção sem pornografia e desconexão emocional e sexual nas relações.
"Na 'Síndrome do punho de ferro', a pessoa se masturba de forma tão vigorosa que ela não consegue reproduzir o mesmo tipo de estímulo na penetração e acaba que não consegue ter orgasmo. Então, ela penetra, mas não consegue ter orgasmo e tem que terminar com a masturbação logo na sequência para poder ter orgasmo no ato sexual", explica Miranda.
6 - Existe tratamento para compulsão?
O tratamento para a compulsão por masturbação envolve a identificação e a eliminação dos gatilhos, com um progressivo "desmame" ou moderação da prática.
Na maioria das vezes o problema é oculto, e o primeiro passo é encontrar um profissional (urologista, no caso dos homens) e apresentar a queixa de forma correta.
Lucinara Costa explica que o tratamento inclui entender as crenças e valores sexuais da pessoa, identificar os gatilhos da compulsão e trabalhar gradualmente para eliminá-los.
"A primeira questão é a identificação por parte de um profissional. Boa parte dos pacientes não procuram o urologista com essa queixa de que "estou me masturbando demais". Ele procura com a outra queixa: "eu não tenho mais interesse, eu não consigo mais ter orgasmo". Muitas vezes é na primeira avaliação que o médico é capaz de identificar um padrão."
Obreira MarÃÂlia | 06/09/2023 21:09:38
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