Quarta-Feira, 23 de Abril de 2014, 05h41
Neto deixa emprego para cuidar de avó com Alzheimer
Terra
Deixar de ser neto para se tornar pai da própria avó. Assim aconteceu na vida de Fernando Aguzzoli, 22 anos, que acompanhou durante seis a doença da sua avó Nilva, diagnosticada com mal de Azheimer. O jovem trancou a faculdade de Filosofia em 2013 e largou o seu trabalho para se dedicar a ela, junto com a sua mãe.
Depois de crescer aos cuidados de Nilva, que sempre esteve muito próxima, os papéis foram invertidos. “Dei banho, repreendi, fiz festa, escovei dentadura, botei pra dormir, preparei café da manhã, levei ao banheiro, expliquei que não havia monstros debaixo da cama e cumpri com todas as tarefas que um bom pai deve cumprir”, conta Fernando.
E foi pela necessidade de compartilhar essas experiências que Fernando decidiu criar uma página no Facebook, chamada Vovó Nilva. O conteúdo tem uma visão mais positiva, diferente do que o jovem encontrou ao procurar mais conhecimento sobre o assunto. “As informações te condicionam a esperar uma situação muito ruim”, diz.
A página foi crescendo e hoje já são mais de 1,3 mil seguidores para quem o jornalista relata, de forma bem humorada, situações do cotidiano vividas pelos dois. São pessoas de todo o Brasil e também de outros países que acessam o conteúdo. Fernando afirma que recebe, quase diariamente, histórias e agradecimentos de pessoas que mudaram atitudes e os relacionamentos com familiares doentes. “É muito gratificante”, ressalta.
Para o neto, é possível desmistificar a doença e ter um convívio melhor com o portador de Alzheimer. “Me divertia muito com a minha avó”, relembra. E o resultado da relação foi além do Facebook: após receber sugestões de internautas, Fernando acreditou na ideia de escrever o livro \'Quem, eu?\'. Finalizada em novembro de 2013, a obra ficou pronta um mês antes da partida de Nilva, que morreu no dia 19 de dezembro, em decorrência de uma infecção urinária, pouco antes de completar 79 anos de idade.
O livro tem previsão de lançamento para setembro, mas o autor ainda busca o restante do patrocínio para a obra. “Reforçar laços entre portador e familiar é nosso maior objetivo. Compartilhar a dor não é sofrer no coletivo, e sim livrar quem dela sofre”, completa.
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