A história de Quinn Everly é uma espécie de fábula de Cinderela com tons picantes.

A australiana trabalhava como stripper numa boate de Melbourne (Austrália) para ajudar a pagar os estudos.

"Comecei a fazer striptease quando estava estudando em período integral num doutorado em ciências médicas, mas lutando para me sustentar. Eu estava vivendo uma vida dupla exaustiva, trabalhando seis dias por semana no laboratório e duas noites por semana na boate", contou Quinn, em relato ao "Metro".

No fim de uma madrugada, Quinn viu um homem entrando no clube adulto e se aproximou dele, acreditando ser um bom cliente. Alex se interessou pela stripper e solicitou uma dança íntima. Pagou R$ 775 pelo serviço de 15 minutos e foi embora, como aparentemente dizia o "roteiro" daquela noite.

Mas Alex voltaria.

"Assim que eu estava no colo dele, imediatamente senti uma forte atração física entre nós. Eu estava atraída por ele, mas parecia mais do que isso. Se alguém me dissesse que esse era o homem com quem eu iria me casar, eu ficaria chocada. Mas, honestamente, não surpresa", relatou a australiana, que tinha 26 anos à época, em 2017.

Estranhamente, apesar de vários clientes por noite, volta e meia Quinn pensava em Alex. E três meses depois ele reapareceu na boate.

"Eu o reconheci imediatamente", recordou a stripper, que, desta vez, pediu que o cliente optasse por uma dança em local reservado.

O encontro acabou se tornando um longo papo, quando os dois descobriram muita afinidade, até no campo de atuação: Alex era residente de medicina. Além disso, o "príncipe encantado" revelou que havia retornado ao clube para ver novamente Quinn.

Alex continuou frequentando a boate, até quatro vezes por semana. Ele se tornou cliente regular da stripper. No passo seguinte, os dois passaram a sair fora do clube. A conexão foi fantástica.

"Rapidamente, passamos a morar juntos em janeiro de 2018, ficamos noivos em um ano e nos casamos um ano depois, em novembro de 2019. Este foi um sonho que se tornou realidade para mim", contou a australiana.

Após concluir o doutorado, Quinn decidiu continuar na indústria de entretenimento adulto, onde faturava cerca de R$ 5,5 mil por noite. Alex deu apoio

"Quando a veio a pandemia de Covid-19, no início de 2020, as boates fecharam e eu fiquei sem trabalho. Como muitos naquela época, comecei uma conta OnlyFans. Eu crio todos os tipos de conteúdo no OnlyFans", comentou Quinn, que teve a ajuda do marido para produzir material erótico, do qual ele também passou a participar. A australiana passou a ganhar muito mais do que recebi no clube de strip.

O negócio decolou, e o casal resolveu empreender ainda mais: abriu a Blue Rose Talent, uma agência que ajuda produtores de conteúdo no mercado adulto.

"Alex e eu estamos muito felizes e amamos trabalhar juntos. Administrar um negócio com seu cônjuge definitivamente mantém as coisas interessantes", disse Quinn.