Economia

Quarta-Feira, 29 de Maio de 2019, 14h43

COMPENSAÇÃO AMBIENTAL

Ao liberar US$ 250 mi para MT, Banco Mundial exige controle do desmatamento

Recurso será usado para pagar dívida com Bank Of America e aliviar caixa do Estado

Agência Brasil

 

Promover sustentabilidade fiscal e ambiental no estado de Mato Grosso. É o objetivo de um empréstimo de US$ 250 milhões que o Banco Mundial, sediado em Washington (EUA), aprovou para o estado.

Segundo o organismo multilateral, por meio do empréstimo, o estado deverá avançar em temas como a agricultura sustentável, a conservação florestal e a mitigação das mudanças climáticas.

Para tanto, os investimentos apoiarão a iniciativa Produzir, Conservar, Incluir (PCI), visando atrair investimentos em agricultura sustentável e dar suporte à realização de um cadastro ambiental rural e ao novo plano de Prevenção e Controle de Desmatamento e Incêndios Florestais do estado.

A iniciativa apoiará ainda um pacote de reformas fiscais para garantir que as principais fontes de gastos possam ser controladas.

Em boa hora

Embora a economia de Mato Grosso esteja crescendo acima da média brasileira, a situação fiscal do estado tem se deteriorado desde 2015 por causa do crescimento da folha de pagamento, que foi de 67% em termos reais entre 2011 e 2018. Como resultado, os pagamentos atrasados para fornecedores chegaram a U$ 600 milhões, ou 15% da receita estadual, até o fim do ano passado.

O secretário de Fazenda de Mato Grosso, Rogério Gallo, disse à Agência Brasil que a aprovação do empréstimo pelo Banco Mundial “é estruturante e tem um significado ímpar, porque é o reconhecimento de um organismo multilateral internacional de que o estado está em uma trajetória firme rumo à sustentabilidade fiscal”.

“Mato Grosso, com esses recursos, quitará uma dívida com prazo mais curto e que está perto do seu vencimento, aliviando o fluxo de caixa em um momento de recuperação fiscal.”

Melhores serviços

O gerente do projeto do Banco Mundial, Cornelius Fleischhaker, afirmou que o empréstimo do banco também tem o objetivo de fortalecer a base tributária do Mato Grosso.

“Além de controlar as despesas de forma inteligente, as políticas do estado apoiadas pelo projeto buscam aumentar as contribuições fiscais do setor de agronegócios. Com isso, Mato Grosso terá mais recursos para investir em melhores serviços públicos”, disse.

Menos  desmatamento

O financiamento do organismo internacional também espera reduzir em 29% o desmatamento no bioma amazônico dentro do estado, em relação às estimativas de 2018. A economista agrícola Barbara Farinelli, do Banco Mundial, alerta que “a prosperidade econômica de longo prazo de Mato Grosso depende do uso sustentável dos seus recursos naturais”.

Segundo ela, a possibilidade de acesso do estado ao financiamento internacional do clima, por meio a iniciativa Produzir, Conservar, Incluir, apoiada pelo banco, “também poderá ser uma importante fonte de receita no futuro.” Afinal, mais de 50% do PIB de Mato Grosso está diretamente relacionado à agricultura e à pecuária.

Apesar dos esforços recentes, os sinais de alerta ambiental continuam preocupando na região. No passado, a expansão agrícola mato-grossense ocorreu por meio da derrubada de florestas, inclusive dentro do bioma da Amazônia. Apesar do desmatamento ter ficado cerca de 75% abaixo da média após 2010, ele continua a ser significativo, e o ritmo voltou a aumentar a partir de 2015.

Comentários (9)

  • Maria |  29/05/2019 20:08:25

    A REALIDADE É UMA SÓ SENHOR GOVERNADOR, A FLORESTA DO ESTADO DE MATO-GROSSO VEM SOFRENDO BASTANTE COM O DESMATAMENTO ILEGAL A MUITO TEMPO. A BUSCA INCESSANTE PELO LUCRO E O COMODISMO DAS NOSSAS AUTORIDADES SÃO AS PRINCIPAIS CAUSAS DESTE TRÃGICO PROBLEMA, E TAMBÉM A PORTA DO ESTADO ESTà ABERTA ( SEM FISCALIZAÇÃO ) PARA O TRANSPORTE DE MADEIRAS COMO A CASTANHEIRA (PROIBIDA DE CORTE) E TANTAS OUTRAS, E AINDA MAIS A FISCALIZAÇÃO E A IDENTIFICAÇÃO DE MADEIRAS SEMPRE INCOMODOU E INCOMODA A MAIORIA DOS DEPUTADOS E AQUELES MADEIREIROS QUE QUEREM ANDAR NA ILEGALIDADE, A FLORESTA NÃO É SÓ PARA A PRESENTE GERAÇÃO MAIS TAMBÉM PARA AS FUTURAS GERAÇÕES.

  • CARLOS ALELUIA MONTEIRO. |  29/05/2019 16:04:23

    SINDICATOS VCS SAO CEGOS OU ANALFABETOS. POIS O GOVERNO DA PAGANDO CONTA DO SILVAL BARBOSA EMPRESA QUE ESTA NA DELAÇÃO E VCS SENDO OTÃRIO. KKKK. OLHA NO PORTAL SIMFRA. PAGAMENTO DE NOTAS 2014.. SEJA MAIS INTELIGENTE.. ESSE DINHEIRO AI NAO TAMPA BURACO NENHUM. MAUS DA METADE VAI PAGAR OBRAS DO SILVAL E DO PEDRITO. FUNCIONÃRIOS DA EDUCAÇÃO SEJA MASI INTELUGENTE. MOSTRA A CORRUPÇÃO. 🙄

  • Pacufrito |  29/05/2019 15:03:42

    Tem que mandar eles enfiar naquele lugar este dinheiro, estes imorais que não tem absolutamente nada preservado, quer vir dizer o que o Brasil tem que fazer neste assunto. primeiro eles teriam que recuperar as florestas deles, para depois querer vir aqui falar em preservação. ouçam este audio de um mestre da embrapa. segue linck https://youtu.be/oDixTvEsx8, depois me digam se este imorais tem moral para vir discutir preservação. o Brasil tem que deixar de ser explorado por ONGs financiadas por produtores americanos e por entidades que não falam português.

  • AMBIENTALISTA |  29/05/2019 15:03:29

    QUEM PODE MANDA E QUEM TEM JUIZO OBEDECE . MAS SERà O BANCO MUNDIAL SABE QUE O LÃDER DO GOVERNO E MADEIREIRO E QUE TRABALHA O TEMPO TODO PARA DIFICULTAR A FISCALIZAÇÃO E FAVORECER O TRANSITO ILEGAL DE MADEIRA...

  • Futurologista |  29/05/2019 15:03:28

    Podem anotar aí, vão plantar meia dúzia de mudinhas e pronto, um monte de amiguinhos vão ficar contentes com as consultorias de araque e o meio ambiente que se lasque.

  • Técnico ambiental |  29/05/2019 15:03:27

    Esse governo é mentiroso, dissimulado e a questão ambiental sempre foi usado como obstáculo pro agronegócio. Vão enrrolar o banco e dizer que tem compromisso ambiental, o banco tem que cobrar um plano de ação com metas, objetivos atividades, setor de execução e cronograma, além de planilha de custos, e liberar os recursos a conta gotas, com prestação de contas mensais, e fiscalizar em cima a execução desses recursos, senão vai sumir, Eva Sema vai continuar sucateada, os técnicos desmotivados e mal remunerados, e o resultado não vai dar nada. Este é um alerta ao banco sobre o que anda acontecendo na sema e no governo do estado. E, se preciso for vou notificar o banco sobre a realidade ambiental do Estado. Querem endividar o estado só fazendo discurso ambiental, mas, a prática é outra, bem diferente.

  • Gláucio  |  29/05/2019 15:03:26

    A Empaer tem um amplo conhecimento tecnológico em agricultura sustentável, é só dar condições que os técnicos da Empaer dominam com excelência as técnicas de produção sustentável, é conservação do solo e florestas. Eu jamais conseguiria produzir ecologicamente é com economia se não fosse a Empaer. Vida longa a Empaer.

  • Técnico ambiental |  29/05/2019 15:03:15

    Esse governo é mentiroso, dissimulado e a questão ambiental sempre foi usado como obstáculo pro agronegócio. Vão enrrolar o banco e dizer que tem compromisso ambiental, o banco tem que cobrar um plano de ação com metas, objetivos atividades, setor de execução e cronograma, além de planilha de custos, e liberar os recursos a conta gotas, com prestação de contas mensais, e fiscalizar em cima a execução desses recursos, senão vai sumir, Eva Sema vai continuar sucateada, os técnicos desmotivados e mal remunerados, e o resultado não vai dar nada. Este é um alerta ao banco sobre o que anda acontecendo na sema e no governo do estado. E, se preciso for vou notificar o banco sobre a realidade ambiental do Estado. Querem endividar o estado só fazendo discurso ambiental, mas, a prática é outra, bem diferente.

  • Júlia maria |  29/05/2019 15:03:09

    Nunca vi um banco liberar recursos para área ambiental que tem histórico de desmatamento, órgão ambiental sem gestão e que só maquia a realidade. Quem manda na sema é o agronegócio, abra os olhos banco Mundial.

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