Quinta-Feira, 15 de Abril de 2021, 23h50
35 MIL HECTARES
Após 20 anos, Justiça encerra "guerra" e devolve área de R$ 1 bilhão para donos em MT
Sentença destaca que "grileiros" de imóvel fraudaram documentos
Da Redação
Uma sentença proferida em ação reivindicatória colocou fim a uma disputa de terras que perdura por 20 anos na cidade de Brasnorte, em Mato Grosso. A decisão é Daiane Marilyn Vaz, da Vara Única da Comarca de Brasnorte, nesta quinta-feira.
A área em disputa, cuja posse será entregue à sua legítima proprietária, possui 35 mil hectares e está avaliada em R$ 1 bilhão. A ação foi patrocinada pelo escritório de advocacia Irajá Lacerda Advogados Associados e buscava a retomada do imóvel de propriedade da empresa Roderjan & Cia Ltda.
O imóvel foi invadido no início dos anos 2000 por meio de falsificação de escritura pública de compra venda e outros expedientes espúrios praticados por uma quadrilha. O Judiciário entendeu que as fraudes perpetradas nos documentos públicos deram causa a perda da posse pela empresa que ajuizou a ação e que os réus estavam possuindo o imóvel de forma injusta, pois, quando “compraram” a área, sabiam da falsificação porque devidamente averbada à margem da matrícula imobiliária da fazenda.
A magistrada ainda fez consignar que as falsificações também foram reconhecidas e anuladas por sentença proferida em outra ação que tramitou na Comarca de Curitiba (PR), o que reafirma que os réus ocupavam a área de forma injusta, já que a “compra” por eles realizada, tinha origem em atos criminosos. "Comprovado nos autos que a propriedade do imóvel é da empresa autora, que o imóvel se encontra corretamente individualizado e que os réus exerciam a posse injusta do bem, o pedido foi julgado procedente para mandar imitir a empresa Roderjan & Cia Ltda. na posse da fazenda", decidiu a juíza Daiane Marilyn Vaz, da Vara Única da Comarca de Brasnorte.
Além de determinar a imissão da empresa autora da ação na posse do imóvel, a juíza ainda condenou os réus ao pagamento de indenização pelos danos causados enquanto estiveram na posse do imóvel, a ser apurada em liquidação de sentença. Com isso, uma disputa de terras que vinha se arrastando por 20 anos ganha contornos finais e o imóvel que se encontra improdutivo por duas décadas e que tem sido objeto de crimes ambientais por todo esse período, retornará aos verdadeiros proprietários.
Divaldo | 23/02/2022 18:06:31
Com uma justiça dessa, quem precisa participar de uma guerra. A pior guerra tá sendo travado contra a incompetência da nossa justiça vergonhosa, que passa por cima de decisões que todo Brasil sabe que estava certa. Primeira instância está totalmente certa, devolva ao dono o que é de direito. Chega de arrogância É da suposta suposta superioridade da toga. Todos vamos para o mesmo lugar.
Que governe para seu 1/3 | 16/04/2021 18:06:30
Que nada . Em 2042 o fachin vai dizer que vara é incompetente e vai voltar tudo para Sapezal.
Bruna | 16/04/2021 05:05:29
Vixi 20 anos no juiz de primeiro grau? Com certeza vai ter recursos dos recursos ainda, mais 20 anos no mÃnimo! Isso se depois de tudo o STF ainda não anular tudo e mandar começar o julgamento do zero! Brasil
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