Economia

Terça-Feira, 15 de Abril de 2014, 11h19

DESAPROPRIAÇÃO

Após seis meses, posto segue na avenida do CPA na rota do VLT

Gazeta

 

Seis meses após decisão judicial para desapropriação do posto Amazônia, na avenida Historiador Rubens de Mendonça (CPA), em Cuiabá, a Secretaria Extraordinária da Copa (Secopa) ainda não fez o depósito judicial no valor de pouco mais de R$ 1 milhão que garantiria a posse. O local faz parte do projeto para implantação do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT).

Devido à demora em realizar a desapropriação, a Justiça intima o Estado para que se posicione quanto ao pedido de “urgência” e se permanece o interesse na continuidade do processo. Segundo o procurador-geral do Estado, Jenz Prochnow Júnior, por 2 vezes a Secopa já foi notificada pelo órgão para que execute o depósito judicial.

De acordo com o projeto do VLT, a retirada do posto é essencial para continuidade das obras. Em nova decisão, o juiz da 4ª Vara Especializada da Fazenda Pública de Cuiabá, Paulo Márcio Soares de Carvalho, determina ao Estado que se manifeste diante da alegação de urgência quando propôs a ação de desapropriação do posto.

O magistrado ainda atribui a posição de “inércia” do governo diante do caso. Na época da decisão, proferida em 18 de outubro de 2013, Carvalho considerou que baseado em decreto expropriatório de julho de 2012, o posto havia sido declarado de utilidade pública.

Segundo o documento, “o interesse particular não pode sobreporse ao interesse coletivo”. Ao governo cabia o pagamento da área desa-propriada, ajuizado em R$ 1.070.010,91.“Toda a área em questão, nela incluída o posto de gasolina desapropriado se encontram literalmente no meio da construção dos trilhos e via de acesso para a trafegabilidade do VLT, obstacularizando, pelo que consta, a continuidade de uma das maiores e principais obras de trafegabilidade atualmente em execução para a nossa cidade”, diz trecho da liminar concedida ao Estado no ano passado.

Procurador-geral do Estado explica que está a cargo da Secopa a realização do depósito judicial que culminará na desapropriação do imóvel. Segundo ele, a liberação do trecho para as obras do VLT é de extrema relevância e deve ser feita o quanto antes. “Não é uma obra que se faz de uma hora para outra. Por isso, a desapropriação tem que ser realizada. Até o momento não recebi nenhuma informação de que a obra não será feita naquele trecho. A Secopa sabe da importância disso e inclu-sive, foi notificada por 2 vezes pela Procuradoria para que execute o depósito”.

Assessoria de imprensa da Secopa informou que a “desapropriação não só foi iniciada como já cumpriu todos os trâmites e está em fase final”. Acrescenta que aguarda liberação do recurso para o depósito judicial e que o projeto do VLT não sofreu alterações.

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