Sábado, 22 de Julho de 2023, 17h20
CRISE DA CARNE
Com dívida de 212 milhões, frigorífico volta atrasar salários no Estado
A falta de pagamento foi revelada pelo próprio frigorífico
DIEGO FREDERICI
Da Redação
O Frigorífico Redentor, localizado em Guarantã do Norte (705 Km de Cuiabá), atrasou, novamente, o salário de seus funcionários. A organização, que se encontra em recuperação judicial com dívidas de R$ 212 milhões, já deixou de pagar o subsídio dos trabalhadores entre dezembro de 2022 e fevereiro de 2023.
A falta de pagamento foi revelada pelo próprio frigorífico num recurso contra uma decisão que determinou a penhora dos recebíveis de um contrato que a organização possui com uma empresa que atua no confinamento de gado. Segundo os autos, pelo menos 500 funcionários da Redentor deixaram de receber seus salários neste mês de julho de 2023.
“Alega o Grupo Devedor que, em virtude da penhora dos recebíveis do contrato firmado com a empresa, que é utilizado exclusivamente para pagamento da folha salarial, mais de 500 funcionários não foram trabalhar, por não terem recebido seus salários, que deveriam ter sido pagos no 5º dia útil, ou seja, em 07/07/2023”, diz trecho do processo.
O processo tramita na 1ª Vara Cível de Cuiabá, especializada em falência e recuperação judicial, onde atua a juíza Anglizey Solivan de Oliveira. Em decisão publicada nesta quinta-feira (20), a magistrada lembrou que o Grupo Malp, dono do Frigorífico Redentor, deverá “valer-se das vias adequadas para obter eventual reforma da decisão” que determinou a penhora.
No dia 17 de fevereiro de 2023, o FOLHAMAX publicou uma matéria sobre os atrasos nos salários no Redentor ocorridos entre o fim do ano passado e o início deste ano. O Ministério Público (MPMT) havia questionado a organização sobre sua dívida trabalhista, de R$ 5 milhões, além de uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região (TRT23) que tinha determinado a rescisão indireta dos contratos de trabalho.
A rescisão dos contratos ocorreu no âmbito de um processo movido pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes e Laticínios do Portal da Amazônia (Sintracal). A medida possui os mesmos efeitos de uma demissão sem justa causa – pagamentos de verbas rescisórias, FGTS, férias e 13º, aviso prévio indenizado etc.
CÃO DE GUARDA
Ainda de acordo com a decisão desta quinta-feira, o Frigorífico Redentor também se mostrou contra a determinação judicial pela contratação de um profissional denominado “watchdog” – “cão de guarda”, numa tradução literal. Ele seria o responsável por acompanhar os processos da organização, atuando dentro do frigorífico Redentor, para averiguar não só o andamento da recuperação judicial, como também a suspeita de que o grupo econômico estaria vendendo seus bens.
Embora tenha questionado a figura do “watchdog”, a juíza Anglizey Solivan de Oliveira manteve a contratação do profissional.
Os proprietários do Grupo Malp, José Almiro Bihl e Paulo Roberto Bihl, chegaram a ser presos pela Polícia Federal no ano de 2009, durante a operação “Abate”. As investigações da época apontaram que a organização se favoreceu de fraudes na concessão de autorização de funcionamento de plantas frigoríficas, mediante o pagamento de propina.
Lis | 23/07/2023 12:12:26
Uai, que coisa não.
Márcio | 23/07/2023 09:09:30
Ao produtor, criador de gado, está se tornando inviável a manutenção e engorda do gado. A tendência é uma redução no número de animais (conforme agenda 2030 da ONU). O resultado, será uma explosão no preço da carne, brevemente. Afinal, criar gado é contra o meio ambiente.
Jbs | 22/07/2023 18:06:53
Chamar os deputados pra ajudar já que eles estão passando a mão na cabeça da JBS , empresa porca!
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