Representantes da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt) se reuniram com industriais de Várzea Grande para traçar ações que solucionem os problemas vivenciados pelos empresários no Distrito Industrial da cidade. A reunião ocorreu nesta quarta-feira (27/05) e contou com a participação também da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de Mato Grosso (Sedec), por meio dos superintendentes de Energia e de Indústria, respectivamente, José Ferraz e Sérgio Romani.  

Entre as principais reivindicações dos empresários instalados na região está a urgência em regularizar a área como um distrito industrial. “Esse é apenas o apelido da região, porque ele é um loteamento. É necessário regularizar e, efetivamente, reconhecer o distrito industrial para que tenhamos um CEP (Código de Endereçamento Postal) e nomes nas ruas. Hoje, para recebermos correspondências e encomendas, a única referência que damos é o nome da empresa. Quando formalizarmos e tiver a mínima estrutura, isso vai mudar”, enfatiza o secretário da Associação dos Empresários do Distrito Industrial e Região de Várzea Grande (Aedir), Marcelo Oliveira. 

A insegurança é constante para os empresários e trabalhadores das indústrias na região vizinha de oito bairros, atingidos pela alta incidência de violência. Para minimizar o problema, as indústrias reformaram uma viatura da polícia para que rondas periódicas fossem realizadas na região. “Mas isso ainda não é suficiente, precisamos ter uma base comunitária da polícia aqui no Distrito Industrial, com viaturas para coibir mais os roubos”, explica Oliveira.

O Distrito Industrial de Várzea Grande foi criado pela prefeitura há 20 anos. Atualmente, conta com 38 indústrias instaladas que sofrem também com a estrutura da rede elétrica implantada duas décadas atrás. “A energia é instável e está no limite. Precisamos que a energia seja de qualidade, que o atendimento não seja falho. Hoje, a oferta de energia disponível não suporta uma nova demanda, precisamos aumentar isso e é preciso que seja realizada manutenção nos postes da rodovia e das ruas secundárias”, disse o secretário da Aedir. 

A pavimentação da rodovia MT 050 e ruas secundárias também é requerida pelos empresários. De acordo com Oliveira, cerca de 300 caminhões pesados passam pela rodovia diariamente. O grupo de industriais reivindica a duplicação da rodovia, sinalização, pavimentação e manutenção da mesma e das ruas secundárias da região. “Já conseguimos uma ação paliativa para diminuir os buracos que estão por toda a rodovia. Mas precisamos, principalmente, de algo estruturante”, ressaltou o secretário da Aedir. 

A instalação de rede hidráulica e de uma base do corpo de bombeiros para atender as indústrias, aumentar a frequência da coleta de lixo da região e limpeza do acostamento são outras necessidades dos empresários, que geram empregos na região. “Uma andorinha não faz verão. Então, nos reunindo ficamos mais visíveis e melhor representados frente ao governo. Estamos esperançosos que as coisas vão melhorar porque estamos precisando de mudanças”, disse o industrial do segmento do arroz, Ivo Mendonça.

Para o diretor da Fiemt e empresário de uma indústria de cerâmica instalada na região, José Lavaqui, o movimento dos industriais viabilizará benefícios não só para a classe empresarial, mas também para os trabalhadores e moradores. “Temos que agradecer o apoio da Fiemt nesta busca. Queremos reestruturar e ampliar o Distrito para aumentar a nossa força e atrair mais indústrias para Várzea Grande. A nossa esperança é vê-la novamente como a cidade industrial”, garantiu.